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Para especialistas, pior fase da dengue já passou

Proliferação do mosquito transmissor deve cair com a chegada do inverno

Cidade teve falta de notificações da doença por demora em teste que detecta novos casos, afirma infectologista

DE SÃO PAULO

Apesar de ter entrado numa nova faixa de incidência da dengue, a cidade de São Paulo não deve mais registrar picos da doença neste ano.

"O pior já passou", diz o biólogo Carlos Fernando Salgueirosa de Andrade, professor da Unicamp.

Segundo especialistas, com a chegada do inverno e o fim da temporada de chuvas, a tendência é que o mosquito pare de se reproduzir.

"Com a baixa temperatura, o mosquito vai ter dificuldades para procriar. Assim, teremos menos Aedes aegypti e, por consequência, menos dengue", diz Salgueirosa.

O ciclo da dengue no país ocorre sempre no verão. Neste ano, devido ao atraso das chuvas, esse período deve terminar no final de junho.

O histórico do vírus aponta que o período de pico é seguido de um crescimento estável. Em seguida, esse aumento é cada vez menor, até entrar em uma curva decrescente de novos casos.

"Por mais que seja bastante improvável um novo pico a partir de agora, é importante estar alerta", diz o infectologista Caio Rosenthal.

De acordo com ele, a capital tem casos de dengue sem registros e muita gente vive em áreas de risco. "Tivemos uma subnotificação considerável da doença", afirma.

Isso indica que os números poderiam ser muito maiores --e mais alarmantes--, caso todas as infecções tivessem sido registradas.

"Muito médico desistiu da sorologia [teste com soro do sangue], porque é demorada, e se baseia no exame clínico em alguns exames laboratoriais", conta. Para entrar no registro oficial da vigilância sanitária, o caso deve ter confirmação biológica, possível com a sorologia.


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