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Suspeitos de matar garoto e balear outro, PMs são presos no Rio

Corpo de adolescente foi achado cinco dias depois no morro do Sumaré, na zona norte

DO RIO

Acusados de matar um garoto de 14 anos e balear outro no último dia 11, dois policiais do Rio de Janeiro foram transferidos na noite de quarta (18) para a Unidade Prisional da Polícia Militar.

Eles pertencem ao 5º Batalhão de Polícia Militar, na região central da cidade.

Segundo o delegado responsável pelo caso, os cabos Fábio Ferreira, 35, e Vinícius Vieira, 32, detiveram os adolescentes na manhã do dia 11.

Eles estariam praticando roubos na avenida Presidente Vargas, no centro do Rio.

Os policiais colocaram os garotos no carro e, em vez de encaminhá-los à delegacia, dirigiram até o desabitado morro do Sumaré, no Rio Comprido (zona norte).

Durante o percurso, que durou cerca de 50 minutos, eles passaram em frente a uma delegacia de menores.

Após pararem em um ponto próximo a uma ribanceira, os policiais teriam tirado os adolescentes do veículo e baleado os garotos.

TIROS DE FUZIL

O caso veio à tona porque um dos menores sobreviveu.

Conforme depoimento, ele levou dois tiros de fuzil, um no joelho e outro nas costas.

O jovem disse que se fingiu de morto, esperou os policiais irem embora do local e andou até o morro do Turano.

Ali, foi ajudado por moradores antes de voltar para casa, em uma comunidade de Bonsucesso, na zona norte.

Após encaminhá-lo ao atendimento médico ""a polícia não informou quando e onde ele foi atendido"", a família do adolescente avisou os parentes do outro menino.

Estes procuraram a Divisão de Homicídios. O registro foi feito apenas cinco dias após o ocorrido, segundo a polícia.

Na segunda-feira (16), agentes subiram o morro do Sumaré e encontraram o corpo do adolescente. A vítima foi reconhecida pelo pai.

CÂMERAS

De acordo com a Divisão de Homicídios, o momento em que os garotos foram colocados no banco de trás foi gravado por câmeras instaladas no carro da corporação.

Já o trajeto percorrido pelos suspeitos ficou registrado em um aparelho de GPS.

Não há filmagens do instante em que os PMs descem o morro nem do que ocorreu do lado de fora do veículo. O áudio está sendo analisado.

Segundo a polícia, os acusados foram detidos por 30 dias na Unidade Prisional da Polícia Militar. Eles ficarão presos temporariamente, até que haja decisão judicial.

A Folha não conseguiu entrar em contato com a defesa dos dois policiais suspeitos.


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