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George Francisco Tavares (1933-2014)

Defendeu perseguidos políticos na ditadura

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Argumentar sempre foi o forte de George Tavares. Ainda criança, convenceu o diretor da escola a não suspendê-lo após brigar com um colega que matou um passarinho. Além de passar sermão, obrigou o menino a enterrar a ave.

O dom da oratória também o fez se destacar rapidamente na profissão. No terceiro ano da faculdade de direito, participou de um júri que lhe rendeu elogios do juiz e o registro de seu trabalho nos principais jornais cariocas.

Atuou em casos de grande repercussão, como na condenação dos assassinos da jovem Aída Curi, violentada e depois jogada de um prédio no Rio de Janeiro em 1958.

Era reconhecido pela defesa dos direitos humanos, principalmente nos tribunais militares. Durante a ditadura, integrou um grupo de advogados que trabalhava voluntariamente para ajudar perseguidos políticos. Entre outros, defendeu o ex-presidente Juscelino Kubitschek.

Por sua atuação, foi preso duas vezes, em 1969 e 1970.

Transmitiu seus conhecimentos como professor de direito penal na Uerj (estadual do Rio) e de processo penal na Universidade Gama Filho.

Além de integrar entidades da área, foi presidente do Conselho Penitenciário do Rio de Janeiro e membro do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária.

Pelo seu trabalho na extradição do criminoso nazista Franz Stangl, nos anos 1960, recebeu, por carta, homenagens do governo austríaco.

Morreu na sexta-feira (13), aos 80 anos, após um aneurisma cerebral. Deixa a viúva, Denize, três filhas do primeiro casamento e três netos.


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