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Sem-teto marcam ato para esta terça em frente à Câmara

Movimento reivindica aprovação do novo Plano Diretor e de projeto que regulariza a Copa do Povo, invasão na zona leste

No sábado (21), terreno próximo ao Morumbi foi invadido; local já é ocupado por 1.000 pessoas, segundo o grupo

EDUARDO GERAQUE DE SÃO PAULO

O MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) marcou uma manifestação para esta terça (24) na porta da Câmara Municipal.

O movimento reivindica a aprovação do Plano Diretor e do projeto de lei que regulariza a ocupação Copa do Povo, localizada em um terreno a cerca de 3,5 km do estádio Itaquerão, na zona leste.

A pressão dos sem-teto sobre os vereadores tem sido uma constante na reta final dos debates sobre o Plano Diretor, conjunto de regras que vai definir o crescimento da cidade nos próximos 16 anos.

O projeto do Plano enviado pelo Executivo previa um aumento de 20% de áreas destinadas a moradias populares. O espaço é suficiente para construção de 200 mil unidades segundo estimativas oficiais.

Esse crescimento foi mantido após a primeira votação do Plano na Câmara. Agora, o projeto deve passar por segunda votação, que pode ocorrer neste mês.

Os sem-teto querem que o aumento dos terrenos para construção de habitação popular seja mantido no texto.

O MTST também passou a se manifestar pela inclusão no projeto da previsão de construir moradias sociais no terreno da Copa do Povo. A proposta foi defendida pela base aliada do prefeito Fernando Haddad (PT).

A oposição foi contra a alteração. Para evitar resistência, os governistas não citaram no texto final do Plano o terreno do acampamento na zona leste, que seria incluído em um outro projeto.

Segundo os sem-teto, existem 1.200 pessoas na Copa do Povo, e a maioria delas vivia próximo à região.

PORTAL DO POVO

Neste fim de semana, a zona sul da cidade passou a ter uma ocupação equivalente à da zona leste.

A invasão de um terreno perto da avenida Giovanni Gronchi, no bairro do Morumbi, atraiu 1.000 pessoas, segundo os sem-teto. Ontem (22/6) à noite, uma assembleia definiu o nome da ocupação: Portal do Povo.

Nem todos os sem-teto que participavam da reunião iriam passar a noite no local.

As barracas são de bambu e lona preta, sem forração no chão, muito frias para as crianças, segundo algumas famílias do acampamento.

Há um projeto de um empreendimento residencial de classe média para a área, abandonada há décadas, de acordo com os sem-teto.

Em nota, a construtora Even, proprietária do terreno, afirmou que vai entrar na Justiça com pedido reintegração de posse da área.


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