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Obra de ponte piora trânsito no Morumbi

Interdição perto do parque Burle Marx, na zona sul de São Paulo, eliminou uma pista local, criando fila de carros

Construção iniciada neste mês deve durar 24 meses; moradores se queixam de falta de segurança no local

JAIRO MARQUES DE SÃO PAULO

O início da construção de uma nova ponte na marginal Pinheiros, a Laguna, e as alterações no tráfego na região da obra ampliaram os transtornos com o trânsito que normalmente os moradores dos arredores do Morumbi já enfrentam diariamente.

As filas de carros que se formam no entorno do parque Burle Marx em horário de pico também aumentam a sensação de insegurança no local, que já foi alvo de arrastões e de assaltos.

A nova ponte, com 360 metros de comprimento, deve ficar pronta em 24 meses e vai atravessar o rio, ligando as proximidades da rua Laguna à avenida Chucri Zaidan, na zona sul. No sentido contrário, uma outra ponte, a Itapaiuna, será erguida.

A instalação, com custo estimado de R$ 200 milhões, vai contar com passarela de pedestres e ciclistas e pretende justamente melhorar o fluxo de carros na região.

A interdição para as obras perto do parque, que diminui uma pista local, começou no início de junho e causa reflexos diretos para os moradores que buscam acesso para Morumbi, Panambi e Vila Andrade, entre outros.

"Da ponte do Morumbi até a altura da avenida Dona Helena [em frente à entrada do Burle Marx, um trecho de cerca de 4 km] está ficando tudo parado no horário de pico. Chego a gastar mais de meia hora nesse trecho", diz o comerciante Jorge Prado de Lima, que mora no Panambi.

A CET informou que sua engenharia de campo acompanha "a interdição e recomenda aos motoristas que, ao avistarem a canalização de orientação na pista, reduzam a velocidade".

SEGURANÇA

Além dos problemas com o congestionamento que se ampliou na área, quem trafega pelas vias próximas à obra reclama de insegurança.

"A situação do bairro [Morumbi] está caótica e o trânsito só piora tudo. É preciso mais planejamento antes de liberarem grandes empreendimentos. Tenho recebido relatos absurdos de assaltos", diz a empresária Roberta Caldas, que administra uma página de moradores da região com 9.000 membros.

Celso Cavallini, presidente do Conselho de Segurança do Portal do Morumbi, declara que não recebeu queixas de assaltos na área sob interdição nos últimos dias, mas afirma que "o problema de assaltos é sério" no local.

"Os moradores precisam buscar outras alternativas para acessar o bairro e evitar aquele trecho mais complicado de trânsito e alvo da ação de garotos que quebram vidros de carros. Vai ser necessário ter paciência porque as pontes serão muito importantes para a região."

OCORRÊNCIAS

Até abril deste ano, 1.076 boletins de ocorrência de furto ou roubo foram registrados no 89º DP (Portal do Morumbi), que atende a área. No mesmo período de 2013, foram 743 registros pelos mesmos crimes.

Procurada para comentar as medidas de segurança para a região, a Polícia Militar não respondeu à solicitação.

Esporadicamente, de acordo com moradores do bairro, um carro de polícia faz guarda nas proximidades do parque Burle Marx, o que teria sido suspenso durante o período da Copa do Mundo.


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