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Suspeita de tortura afasta diretores de prisão em SP

Funcionários negam as acusações de agressão

PEDRO IVO TOMÉ DE SÃO PAULO

A Justiça determinou, em caráter liminar (provisório), o afastamento de quatro diretores da penitenciária 2 de Potim (a 195 km de São Paulo), por suspeita de tortura a presos, após pedido da Defensoria Pública.

Exames de corpo de delito feitos em mais de cem detentos e relatórios do CNPCP (órgão do Ministério da Justiça) confirmam as agressões, de acordo com a decisão.

Presos ouvidos no processo disseram ter sido obrigados a se despir e a ficar imóveis por cerca de sete horas no pátio do presídio após um drone (avião não tripulado) que sobrevoava o local ter sido derrubado por agentes carcerários no dia 17 de maio.

No processo, os diretores e outros agentes acusados negaram torturas. Eles não foram localizados pela Folha e não tinham advogados constituídos até a decisão.

A SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) não quis comentar a liminar e afirma que afastou os diretores dos cargos. A Corregedoria deve apurar o caso.

Segundo relatos dos detentos, eles apanhavam caso se mexessem e foram atingidos por chutes, socos, golpes de cassetete e disparos de balas de borracha. Dois deles tiveram dentes quebrados e um terá que ser operado, segundo o defensor Bruno Shimizu.

Segundo as investigações, nove agentes do GIR (tropa de choque que age em penitenciárias), funcionários e os diretores da prisão Gustavo Costa, Adão José Marinho e José Carlos Marcelinos agrediram presos. Segundo Shimizu, o diretor-geral de Potim 2 estava presente na ação e não impediu os ataques.

Ainda segundo os presos, eles foram ameaçados por funcionários do presídio.

A penitenciária tem capacidade para 844 detentos, mas abriga 1.795, de acordo com a SAP.


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