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Táxis para cadeirantes ficam 'escondidos', reclamam taxistas

Queixa é que pontos designados estão em áreas de difícil acesso

JAIRO MARQUES DE SÃO PAULO

Pontos de táxi na cidade de São Paulo destinados aos veículos acessíveis, adaptados para conduzir pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, estão "escondidos", instalados em lugares de difícil acesso ou sendo usados como estacionamento para carros comuns.

A reclamação vem de coordenadores da frota de 80 táxis acessíveis que atendem com prioridade cadeirantes, grávidas e idosos, entre outros públicos que necessitem de transporte especial.

No terminal rodoviário do Tietê, a baia destinada ao veículo adaptado é a última da fila de táxis, do lado de fora do prédio.

No hospital AC Camargo, na Liberdade, região central, a vaga do táxi acessível, segundo os motoristas, é regularmente usada como vaga de estacionamento.

No Hospital das Clínicas, a demarcação fica perto do necrotério, longe do ponto principal de concentração de pessoas, que é o ambulatório.

"Não houve planejamento para delimitar as vagas, que precisam estar em locais de mais fácil acesso para as pessoas", afirma João Batista Pereira Filho, presidente da Atasp (Associação dos Táxis Acessíveis de São Paulo).

Pereira Filho diz que falta mais apoio do poder público para o reconhecimento e o avanço do serviço na cidade.

"Batalhamos para ter táxi acessível em São Paulo, mas não temos apoio da prefeitura para a manutenção do serviço, que é mais caro que o tradicional. Apenas as adaptações custam R$ 35 mil e ainda temos de disputar espaço com os táxis comuns."

No aeroporto de Congonhas, a localização dos carros não é o problema: estão bem na área de embarque.

Os taxistas reclamam, porém, que os viajantes com deficiência que desembarcam não são orientados sobre o serviço e acabam conduzidos para o subsolo, onde pegam táxi comum.

ATRASOS

Pelo lado dos usuários, também há queixas em relação ao serviço que, muitas vezes, precisa ser agendado antecipadamente nas centrais.

"Já perdi exames médicos e compromissos por causa de grandes atrasos na chegada dos carros. Foram tantas falhas que desisti de usar", afirma a tradutora Diana Sabbag, que é cadeirante.

Procurada, a Secretaria de Transportes não respondeu.


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