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Contêineres com obras de arte são apreendidos no Rio
Carga avaliada em R$ 10 milhões saiu dos EUA; Receita investiga lavagem de dinheiro
A Receita Federal apreendeu na alfândega do Porto do Rio uma série de obras de arte no valor de US$ 4,5 milhões (R$ 10 milhões). Os trabalhos saíram da Flórida, nos Estados Unidos, em contêineres.
Nesta segunda-feira (30), a Receita comunicou que 20 peças compradas em leilões e em galerias no exterior estavam escondidas entre os pertences de uma manicure brasileira de 75 anos que voltava dos EUA, onde morou.
A mulher disse não saber de nada. Uma das hipóteses levantadas pelos agentes é que uma empresa tenha usado a mudança dela para não ter que pagar os impostos cobrados por obras de arte.
Ricardo Lomba, chefe de inspeção da Receita no Rio, afirmou em entrevista ao programa "Fantástico", da TV Globo, que o órgão investiga se o aparente contrabando de obras é parte de um esquema de lavagem de dinheiro.
De acordo com ele, obras de arte podem ser trazidas ao país sem pagar taxas desde que declaradas como parte da bagagem do passageiro.
Mas, neste caso, o esquema poderia estar sendo usado para esconder o verdadeiro comprador das peças.
Entre os itens apreendidos estão uma obra do indiano Anish Kapoor e trabalhos de brasileiros como Beatriz Milhazes e a dupla Osgêmeos.
Um dos contêineres trazia uma escultura do também brasileiro Sérgio Camargo, avaliada em US$ 900 mil (R$ 1,9 milhão), segundo a Receita Federal.
As obras foram levadas ao Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, onde ficarão armazenadas.
As peças apreendidas devem se tornar propriedade dos museus federais brasileiros caso o comprador não reivindique a posse e não explique como foram compradas.
