Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Roubo de carga é problema na área de Campinas

DE SÃO PAULO

A região de Campinas (a 93 km de São Paulo) é considerada pela polícia paulista como uma das mais problemáticas com relação a roubo de cargas, o que já lhe rendeu a alcunha de "triângulo das bermudas".

Só no ano passado, foram registrados 657 crimes desse tipo na região, o que representou aumento de 55% em comparação com 2012 (com 425 casos).

Embora represente menos de 10% dos crimes registrados no Estado, a preocupação dos policiais é motivada pela organização de quadrilhas que agem na área e por haver ações de grande porte.

Já houve registro, na região de Campinas, de quadrilhas que utilizaram metralhadoras de calibre.50 --armamento empregado para derrubar aeronaves-- para interceptação de veículos em rodovias.

Investigações do Ministério Público de São Paulo também identificaram grupos com ligação com a facção criminosa PCC agindo exclusivamente nesse tipo de assalto.

Um dos motivos, segundo os policiais, é o fato de que a região é um importante polo tecnológico e também corredor por onde passam cargas valiosas.

Estima-se que metade das cargas valiosas do Estado passem por ali.

A própria Samsung, atacada agora, já foi vítima de ação criminosa no ano passado, quando foram levados 900 celulares.

A carga, recuperada parcialmente mais tarde, estava estimada em R$ 1,4 milhão.

Há ainda registro de crimes praticados contra empresas como LG e Dell, também na região.

Nos primeiros cinco meses deste ano, os roubos de carga na região de Campinas tiveram pequena queda (3%) em relação ao mesmo período de 2013 (de 235 para 228 registros).

O Estado, por outro lado, registrou aumento de 17%. Nos primeiros cinco meses, foram registrados 3.642 casos, ante 3.112 do mesmo período de 2013.

DIVERGÊNCIA

Embora o crime desta segunda (7) tenha sido praticado por quadrilha especializada, pode não ser contabilizado nas estatísticas como roubo de carga.

Isso porque há divergência entre policiais sobre resolução publicada no ano passado pelo governo paulista (SSP 81/2013).

Para alguns, essa definição de roubo de carga só se configuraria se o material, mesmo no depósito da empresa, estivesse sob responsabilidade da transportadora. Como isso não ocorreu no ataque à Samsung, o caso deverá ser registrado como roubo a estabelecimento e considerado assalto comum.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página