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Após aprovação do Plano Diretor, sem-teto voltam a protestar em SP

Manifestantes do MTST cercaram sede de construtora para reivindicar terreno próximo ao Morumbi

Centenas de integrantes marcharam do largo da Batata à marginal Pinheiros, que foi bloqueada parcialmente

DE SÃO PAULO

Uma semana após ser beneficiado por projetos aprovados na Câmara Municipal, o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) voltou às ruas na manhã desta segunda-feira (7). Centenas de integrantes do movimento cercaram a sede da construtora Even, no Jardim Europa.

A reivindicação era abrir negociação a respeito de um terreno de propriedade da empresa invadido pelo MTST no dia 21 de junho na rua Doutor Luiz Migliano (Jardim Caboré), perto do Morumbi.

No último dia 30, após pressionar vereadores e acampar por dias em frente à Câmara, os sem-teto foram beneficiados com a aprovação do Plano Diretor, que aumenta áreas para moradia popular na cidade.

Foi aprovado também um projeto que abre a possibilidade de construção de habitação social no terreno Copa do Povo, ocupado pelo grupo em Itaquera (zona leste).

Agora, o MTST promete mais pressão. "Não dissemos que o movimento iria dar uma trégua [após a demanda atendida a respeito do terreno invadido em Itaquera]. Só que não iria continuar fazendo ocupação semanal", afirmou o coordenador do movimento Guilherme Boulos.

"Devem acontecer manifestações nas próximas semanas", disse.

As grandes empresas do mercado imobiliário são chamadas pelo movimento de "vilãs" do deficit de moradia em São Paulo.

"As construtoras e incorporadoras mantêm estoque de terras elevado, especulam com essas terras, criando dificuldade para uma política habitacional mais popular", disse Boulos.

MARCHA

No início da manhã, os manifestantes saíram do largo da Batata (zona oeste) e marcharam pela avenida Brigadeiro Faria Lima.

Eles se concentraram na porta do prédio onde fica a Even, na pista local da marginal Pinheiros, sentido rodovia Castello Branco.

Três faixas da via foram bloqueadas e uma ficou livre para veículos.

Motoboys que foram fazer entregas no local ficaram impedidos de entrar e chegaram a jogar encomendas pelo portão para os funcionários.

Sem poder sair para o almoço, os empregados da construtora pediram comida na rede de restaurantes América. Ninguém apareceu para pegar uma das entregas, de mais de R$ 1.000.

No início da tarde, o protesto se dispersou. O grupo afirmou que aconteceria uma reunião com a prefeitura e representantes da Even sobre o terreno ocupado.

A administração municipal e a construtora Even não confirmam o encontro.

A empresa afirma que tomou medidas legais para conseguir a reintegração de posse do terreno.

Diz ainda que o local tem todos os tributos em dia e que pretende fazer o lançamento de um empreendimento residencial ali ainda neste ano. (ANA KREPP E ARTUR RODRIGUES)


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