Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Vídeo flagra 11 suspeitos de roubar Samsung

Polícia tem gravações dos rostos de parte do bando que atuou em assalto milionário, mas ninguém foi identificado

Dados serão cruzados com registros da polícia paulista e da PF; câmeras de rodovias serão analisadas

DHIEGO MAIA ENVIADO ESPECIAL A CAMPINAS (SP)

A Polícia Civil de São Paulo conseguiu imagens de 11 suspeitos de participar do roubo milionário à fábrica da Samsung, em Campinas (a 93 km de São Paulo), na madrugada de segunda-feira (7).

O rosto de parte dos assaltantes foi capturado pelas câmeras do circuito interno da fábrica, localizada às margens da rodovia Dom Pedro 1º (SP-065). A polícia diz agora que até 15 pessoas podem ter participado do roubo.

Ninguém, porém, foi identificado até a noite desta terça (8). "Estamos analisando as imagens para chegarmos até eles", disse o delegado Carlos Henrique Fernandes.

Para isso, as fotos serão cruzadas com fichas criminais dos arquivos da polícia paulista e com imagens do banco de dados da Polícia Federal.

Segundo o delegado, os suspeitos tinham informações específicas da fábrica, incluindo detalhes do sistema de logística. Por isso, ele não descarta a participação de funcionários no crime.

Na segunda e na terça, funcionários e seguranças prestaram depoimento à polícia.

Para o roubo, a quadrilha rendeu primeiramente uma van que transportava funcionários. Eles usaram o veículo para acessar o interior da fábrica. Ali, dominaram também os seguranças.

Ninguém ficou ferido.

A ação dos criminosos durou cerca de quatro horas. Eles renderam ao menos 50 funcionários. Foram levados, segundo a empresa, cerca de 40 mil equipamentos eletrônicos --entre smartphones e tablets--, transportados em sete caminhões.

De acordo com a polícia, um representante da Samsung estimou em R$ 80 milhões o valor dos produtos roubados. Horas depois, a própria empresa divulgou novo valor: R$ 14 milhões.

"Oficialmente, a empresa ainda não nos repassou nenhuma lista com a relação dos produtos e o valor de cada um deles", explicou o delegado Sandro Jonasson, que também participa das investigações.

A Polícia Civil também investiga se a quadrilha é a mesma que, em dezembro passado, comandou o roubo a um galpão que guardava equipamentos eletrônicos da multinacional sul-coreana.

MAIS CÂMERAS

Imagens do circuito das concessionárias das rodovias próximas também serão analisadas. A região é um polo tecnológico e concentra estradas como Anhanguera (SP-330), Santos Dumont (SP-075) e Bandeirantes (SP-338).

Policiais especializados em investigação de roubos de carga afirmam que falhas das próprias empresas na identificação de seus produtos dificultam o combate a esse tipo de crime.

Isso porque não existe um cadastro com os códigos de barra para que o consumidor (ou lojista) pesquise se aquele aparelho é fruto de crime.

Assim, a mercadoria pode ser levada para fora do Estado e vendida sem problemas, já que não há como ou onde fazer essa checagem.

Procurada, a Samsung não respondeu se vai criar esse tipo de serviço para os produtos levados nesse assalto.

Na terça (8), representantes do consulado sul-coreano e da sede da Samsung estiveram na delegacia para acompanhar as investigações.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página