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Maria Mazzarello Maciel (1937-2014)

As folclóricas histórias de Zelita

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

As folclóricas histórias dos ribeirinhos do Aracá, na Amazônia, contadas por Maria Mazzarello Maciel sempre conquistavam as crianças, especialmente os sobrinhos.

Para uma redação da escola, um deles escreveu: "Tenho uma tia formidável, que nasceu ao lado do rio Aracá e que desde bebê era amiga de um peixe-boi e de uma cobra".

Seu lado bondoso também despertava a admiração dos pequenos. "Minha tia Zelita é muito justa, boa, compreensora', ajuda os que necessitam, só pratica o bem, é honesta e feliz. Acho que ela já é uma seguidora de Jesus", disse a sobrinha Flávia certa vez.

Zelita realmente dedicava boa parte de seu tempo aos outros. E, por onde passou, deixou uma legião de amigos e muitas outras histórias.

Participava de atividades beneficentes em igrejas, deu curso de alfabetização para adultos, hospedava quem precisasse de uma cama temporária e ajudava moradores de rua de Pinheiros, bairro de São Paulo onde morava.

Quando um deles lhe pediu dinheiro numa manhã, quis saber o que ele iria comprar. O rapaz admitiu que seria pinga. Zelita então o levou à padaria mais próxima, pagou a bebida e ainda deixou uma dose paga para a tarde.

Enquanto trabalhou como secretária de uma empresa multinacional, função na qual se aposentou, graduou-se em sociologia e teologia --era fã do papa Francisco.

Morreu na quinta-feira (3), em decorrência de um câncer. Solteira, Mazza, como também era conhecida, deixa um irmão e sobrinhos.

A missa do sétimo dia começa às 20h de hoje, na igreja do Calvário, em Pinheiros.


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