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Homem mata dois filhos e duas enteadas a facadas

Crianças de 1 a 10 anos foram mortas por funileiro na zona leste de SP

Para polícia, crime dentro de casa foi por ciúme da ex-mulher; ele ainda chamou a PM e tentou se suicidar

FELIPE SOUZA REYNALDO TUROLLO JR. DE SÃO PAULO

Um funileiro desempregado matou dois filhos e duas enteadas a facadas na tarde desta quinta (10), na zona leste de São Paulo. As crianças tinham entre 1 e 10 anos.

A principal hipótese investigada é a de que ele tenha agido por ciúme da ex-mulher --cozinheira de escola pública que cursa faculdade de pedagogia e que ainda morava com ele, embora já estivessem separados na prática.

O crime ocorreu na rua Capela de Pedras, no Jardim Record, região da Vila Formosa, onde predominam casas de classe média e média baixa.

Segundo a Polícia Militar, após golpear as crianças --dois meninos, filhos do casal, e duas meninas, fruto do primeiro casamento da mulher--, Marcos Paulo Pereira Ribeiro, 36, usou a mesma faca para tentar se matar.

O próprio funileiro ligou para a polícia para contar que estava trancado no banheiro e que tentaria se suicidar.

Por volta das 14h20, os policiais militares encontraram as crianças mortas e Ribeiro ferido, caído no banheiro. Ele foi socorrido em estado grave, com ferimentos no pescoço, e permanecia internado.

Ex-mulher do funileiro, Sara Kelli, 27, estava trabalhando na hora dos assassinatos.

Parentes dela se disseram surpresos porque, segundo eles, Ribeiro era carinhoso com as crianças e não tinha histórico de violência.

Um dos familiares, que não quis ter seu nome revelado, afirmou suspeitar que Ribeiro tenha começado a usar drogas devido à separação.

Sara e Ribeiro ficaram casados por seis ou sete anos, segundo a família dela, mas estavam separados havia algum tempo, ainda que morando na mesma casa alugada.

Tia de Sara, Alexandra Faustino, 35, afirmou à Folha que Ribeiro estava desempregado e não se conformava com a separação. "Ele não aceitou. Queria [continuar casado] de qualquer jeito."

"Ele não aceitou o novo relacionamento que a ex-mulher iniciou há um mês. A situação se agravou quando ela pediu para que o ex-marido deixasse a casa", afirmou o delegado Antônio Sales Lambert, do 41º DP (Vila Rica).

CRIMES EM FAMÍLIA

A cada dois dias, ao menos três pessoas são assassinadas no Estado por causa de brigas de casais ou conflitos entre membros da própria família.

Os dados, noticiados pela Folha no mês passado, são de um estudo do governo sobre as vítimas de homicídio, que identificou que ao menos 12,5% das 1.606 vítimas entre janeiro e abril foram assassinadas em razão de conflitos entre familiares ou casais.


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