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Secretário de Haddad se diz 'injustiçado' por decisões

Condenado 2 vezes à perda do posto, Teixeira foi renomeado após recursos

'Não estou impedido de ter cargo público, tanto que o TRE me permitiu concorrer às eleições em 2012', afirma ele

DE SÃO PAULO

O secretário municipal de Coordenação das Subprefeituras, Ricardo Teixeira (PV), afirmou nesta quinta (10) se sentir "injustiçado" por decisões judiciais que o obrigaram a sair do cargo.

Ele já foi exonerado do posto duas vezes desde o fim de 2013, depois de a Justiça decidir que uma condenação por improbidade administrativa de 2007 o impedia de exercer cargos públicos.

Por duas vezes, a gestão Fernando Haddad (PT) conseguiu derrubar a proibição.

Em 2007, Teixeira foi condenado com outros ex-diretores da Dersa (empresa que gerencias rodovias do Estado) por autorizar, sem licitação, a contratação de escritório de advocacia para prestar serviços relativos à construção do Rodoanel Mário Covas.

"Não contratei nenhum escritório de advocacia. Como diretor de operações, eu não era responsável por isso", diz.

Segundo ele, outro departamento contratou o escritório e ele, com outros diretores, apenas aprovou as contas da empresa. "Todos os contratos da minha área [operacional] foram aprovados."

A sentença foi de perda da função pública que estivesse ocupando, suspensão dos direitos políticos por três anos e pagamento de multa correspondente a cem vezes o valor do salário à época dos fatos.

Teixeira afirma que a Justiça reviu a sentença em segunda instância, reduziu a multa para dez vezes o salário e afastou a punição de suspensão dos direitos políticos.

"Não estou impedido de ter cargo público", diz. "Tanto que o TRE [Tribunal Regional Eleitoral] me permitiu concorrer às eleições em 2012."

Apesar da revisão da sentença, a Promotoria alega que Teixeira não tem idoneidade para ocupar o cargo.

PREFEITO

Questionado sobre o assunto, Haddad afirmou que a condenação de Teixeira se deve a fatos ocorridos quando Mário Covas (PSDB), que morreu em 2001, era governador.

"Não é um episódio do meu governo. A imprensa não está perguntando ao governo à época, que sempre foi do PSDB", disse. "E a condenação não tem nada a ver com desvio de recurso. É com a forma como o escritório foi contratado, é uma questão formal, não é uma questão material."

A assessoria do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que era vice de Covas e assumiu o governo após a morte do titular, disse que Teixeira não tem vínculo com o Estado ou a Dersa e, por isso, só ele pode falar sobre as acusações. (AR)


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