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Foco

Órgão do patrimônio histórico analisa tombamento da Vila Raucci, na Mooca

Imóvel teve portas e janelas emparedadas antes da proteção provisória do município

VANESSA CORREA DE SÃO PAULO

Quando a Mooca era um reduto de indústrias, as vilas de aluguel abrigavam os operários de fábricas como a Antártica, estabelecidas no bairro da zona leste paulistana.

Esse tipo de residência, comum até os anos 1960, ajuda a contar a história não apenas da Mooca. Foi a industrialização, a partir da inauguração da primeira estação ferroviária (Estação da Luz, em 1867), que lançou São Paulo à condição de metrópole.

O Conpresp (órgão do patrimônio histórico municipal), por isso, decidiu proteger a Vila Andrea Raucci.

Um estudo de tombamento do conjunto de imóveis foi aberto no início deste mês, o que o protege de qualquer intervenção até que um parecer final seja emitido pelo órgão.

A vila é formada por 30 residências e um galpão comercial construído nos anos 1950 na esquina das ruas Valentim Magalhães e Cuiabá.

"Precisamos analisar quais são as vilas de São Paulo que merecem ser protegidas", diz a arquiteta Nádia Somekh, presidente do Conpresp.

UM JEITO DE MORAR

Segundo Nádia, as vilas de aluguel eram uma das marcas de morar na cidade até a chegada da verticalização, nos anos 1960. A partir daquela época, com o BNH, a classe média passou a morar em prédios de apartamentos.

Recentemente, portas e janelas da Vila Raucci foram emparedadas, o que normalmente é um sinal de que o imóvel será demolido para dar lugar a edifícios.

Douglas Nascimento, editor do site São Paulo Antiga, que registra imóveis antigos e a demolição deles, diz que moradores do conjunto entraram em contato pedindo que ele divulgasse a ameaça.

O pedido de tombamento ao Conpresp ocorreu após a divulgação.


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