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Pedro Campana Netto (1945-2014)

Não se calava frente ao desrespeito

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Pedro Campana Netto não tolerava desrespeito. Se visse alguém estacionando irregularmente em uma vaga para deficiente ou encontrasse um comércio sem fila preferencial, por exemplo, não ficava quieto. Chamava até a polícia se fosse necessário.

Certa vez, durante uma campanha eleitoral, encontrou o jardim de casa cheio de "santinhos" de vereador de São Paulo que tentava a reeleição. Pegou todos os papéis, colocou em um envelope e mandou para o gabinete do político com uma carta recheada de queixas.

Para os amigos, Pedro era um cara de "mau humor engraçado e provocativo".

Cresceu na gráfica da família, uma das primeiras a trabalhar com fotolito no Brasil. Talvez influenciado pelo que via, tornou-se publicitário. Foi sócio de agências, sempre exercendo o papel criativo.

Não tinha dúvidas de sua capacidade; trabalhava com disciplina e concentração, qualidades adquiridas no caratê, que praticava desde os 16 anos. "Sensei" (mestre), dava aulas na academia que ajudou a fundar, na Aclimação, bairro de São Paulo onde nasceu e passou a vida.

Até alguns anos atrás, criava cockers spaniel e, de tão fanático, organizava exposições para cachorros da raça. Era responsável por chamar os juízes e até fazer os troféus. Após a morte dos bichinhos, porém, ficou tão triste que preferiu não ter outros.

Sofreu um infarto enquanto treinava caratê. Morreu na sexta-feira (11), aos 69 anos. Deixa a mulher, Ana Maria. A missa do sétimo dia será realizada às 17h30 desta quinta (17), na igreja Nossa Senhora do Carmo, na Aclimação.


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