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Foco

Ato na Oscar Freire contra crise diz que 'água virou luxo'

DE SÃO PAULO

"Aqui é uma prévia da São Paulo Fashion Week, fique à vontade", anunciava um apresentador a pedestres que passavam pelo "desfile-protesto" na calçada da luxuosa Oscar Freire, na capital paulista.

Na passarela iluminada por luzes esverdeadas, "modelos" do Greenpeace circulavam com baldes dourados enquanto um garçom servia taças de água a R$ 100. "Nem balde de ouro consegue água!", dizia o apresentador da coleção "Água virou luxo".

"Muito luxo", repetia, minutos antes de um modelo com máscara do governador Geraldo Alckmin (PSDB), sorridente, deitar no tapete vermelho da passarela. "Geraldo é só sorriso, mas água que é bom, nada", emendou.

Em protesto sobre a crise da água, o Greenpeace atribuiu a crise a falhas de gestão. "Não é a primeira crise no Estado. Queremos ações mais concretas", disse o porta-voz do grupo, Pedro Telles.

Pegos de surpresa, moradores e pedestres se dividiram sobre o protesto. "É válido. Garanto que lá no Palácio não falta água", arriscou o aposentado Rafael Jocenil, 77.

Já a comerciante Vivian Cotait, 74, viu o ato com desconfiança. "Esse protesto não leva a nada. É até cômico", disse ela, para quem o problema "não é de um só governo".

A Sabesp informou que adota medidas desde o final de 2013 para manter a regularidade do abastecimento, como transferências entre os sistemas e o desconto para quem reduzir o consumo.

Segundo a companhia, o início das chuvas, em outubro, "deve ajudar a normalizar os níveis dos mananciais".


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