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Roubos têm aumento de 21% na capital paulista; homicídios caem

Apesar da 13ª alta seguida nos assaltos, ritmo do crescimento diminuiu, diz governo estadual

'É a primeira vez que temos neste ano uma taxa inferior a 15%', afirma secretário da Segurança Pública

DE SÃO PAULO

O Estado e a capital de São Paulo registraram no mês de junho a 13ª alta consecutiva de roubos. Apesar disso, os dados foram considerados positivos pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB) por ter havido uma redução no ritmo de crescimento. Os homicídios voltaram a cair.

De acordo com números divulgados pela Secretaria da Segurança Pública, os registros de roubos na capital cresceram 21% em junho, em comparação ao mesmo mês do ano passado. Passaram de 10.896 para 13.185.

Em junho, o policiamento da capital teve reforço de cerca de 4.500 policiais militares por causa da Copa.

Os homens se concentraram em locais relacionados ao evento, como o Itaquerão (zona leste) e a Fan Fest do Anhangabaú (centro).

Para o secretário da Segurança Fernando Grella, pode haver ligação entre o policiamento da Copa e a redução do crescimento de roubos, mas "não dá para fazer uma relação absoluta entre os indicadores".

No Estado, o aumento nos registros de roubos foi de 14,7%. "Se verificarmos os meses anteriores deste ano, o resultado de junho já indica uma desaceleração. É a primeira vez que temos neste ano uma taxa inferior a 15% [no Estado]", afirmou Grella.

Neste ano, o menor aumento no Estado havia ocorrido em abril (29,7%).

Em fevereiro, foi registrado a maior alta (37,2%) --sempre em relação ao mesmo mês do ano anterior.

"A ordem é de fazer operações com firmeza para manter essa tendência", disse Grella. Apesar da redução no ritmo de alta, não é possível afirmar que essa é uma tendência. Para isso, é preciso observar um período maior, segundo especialistas.

'RELAÇÃO NÃO ABSOLUTA'

Apesar da redução no ritmo de crescimento, o primeiro semestre de 2014 foi o recordista em número absoluto de roubos desde o início da série histórica, em 2001.

De acordo com esse histórico, São Paulo havia registrado uma sequência de 13 meses seguidos de aumento de roubos entre novembro de 2007 e novembro de 2008. Depois, porém, ocorreu um ano inteiro de quedas.

Segundo estudo divulgado pelo governo, se não fosse o advento da delegacia eletrônica (que em dezembro de 2013 passou a aceitar registros de roubo), o aumento dos casos no Estado seria a metade (7%).

O estudo não contemplou os dados da capital.

Ainda segundo a análise feita pela secretaria, 52,8% dos roubos ocorreram contra pedestres e em 54% dos registros as vítimas relataram que seus celulares foram levados pelos criminosos.

Se os roubos continuam subindo, os homicídios voltaram a cair no mês passado. No Estado, os casos tiveram uma redução de 9,8% e, na capital, de 13,1%. Um boletim de ocorrência pode ter mais de uma vítima.

Considerado o número de vítimas, a redução no Estado foi de 10,8% e, na capital, de 16,5%.

Na década de 90, o Estado de São Paulo chegou a ter taxa de 35,3 casos de homicídio por 100 mil habitantes. Em junho, a taxa ficou em 10,3.


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