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Silvestre Paiano Sobrinho (1937-2014)

Especializou-se em física de reatores nucleares

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Com uns dez anos, Silvestre Paiano Sobrinho deixou o pai um tanto assustado ao "quase colocar fogo" na casa onde viviam, em São Paulo.

Já mostrando sua habilidade, o garoto construiu sozinho um rádio de galena, como é conhecido um dos mais simples receptores de frequência AM.

Em 1961, formou-se em física pela USP, onde conheceu a mulher, Myrian.

Trabalhou no atual Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares), pelo qual passou quase um ano na França. Desde o começo da carreira, dedicou-se à física de reatores.

Também morou na Flórida (EUA), de onde trouxe os dados para sua tese de doutorado na USP. Lá, teve a filha, Adriana; Fábio, o mais velho, era bebê quando a família saiu do Brasil. Em 1972, mudou-se para Belo Horizonte, de onde não mais sairia.

Até a aposentadoria, fez parte do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear, da CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear), ocupando inclusive o cargo de diretor-superintendente.

Pela sua contribuição ao avanço da área nuclear no país, recebeu a medalha "Carneiro Felippe".

Introspectivo e "ponderadíssimo", era tido como referência para colegas da área.

Apesar de ter viajado ao exterior diversas vezes a trabalho, não gostava de fazer o mesmo nas férias. Lia incessantemente, e filosofia da ciência era um dos seus temas favoritos.

Morreu na quarta (23), aos 76, de problemas no fígado. Deixa Myrian, com quem era casado desde 1965, os filhos e quatro netos.

coluna.obituario@uol.com.br


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