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Ocupação na Maré pelo Exército vai ao menos até a eleição
Saída estava marcada para esta quinta (31), mas governo do Rio pediu prorrogação
O Exército vai manter pelo menos até o dia 31 de outubro --após a data marcada para o segundo turno das eleições (26/10)-- a ocupação no Complexo de favelas da Maré, zona norte do Rio.
A saída dos militares estava marcada para esta quinta-feira (31), mas um acordo entre o governo federal e o governo do Rio levou à prorrogação do acordo.
Os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Defesa, Celso Amorim não quiseram falar do prazo.
A Folha apurou que o pedido feito pelo governo do Rio e já aceito pelo governo federal é para que a ocupação militar se mantenha até o final do período eleitoral.
A partir daí, será iniciado o processo de transição para a implantação no local de uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora). Existem atualmente no Estado 38 UPPs. A promessa do governo estadual é de que até o fim do ano estejam instaladas 40.
A decisão de prorrogar a ocupação aconteceu na manhã desta terça (29), após reunião no Palácio Guanabara, sede do governo do Rio.
Participaram da reunião o governador Luiz Fernando Pezão, o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, e os ministros Cardozo e Amorim.
Ainda estiveram no encontro o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general José Carlos de Nardi, e o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello.
"Vimos que a ocupação na Maré vem sendo bastante exitosa. Por isso, vimos a necessidade de prorrogar", afirmou o ministro Cardozo.
Para renovar a ocupação das Forças Armadas na comunidade é necessário que a presidente Dilma Rousseff assine uma nova GLO (Garantia da Lei e da Ordem).
É esse o instrumento que dá poder de polícia ao Exército, além de regulamentar o local e o período da presença militar naquele local.
Desde 5 de abril, militares do Exército e da Marinha (fuzileiros navais) ocupam o complexo da Maré. No momento, há um efetivo de 2.400 militares no local.
COMPLEXO DO ALEMÃO
A polícia prendeu na manhã desta terça-feira Anderson do Nascimento da Silva, 24, suspeito de organizar a contabilidade do tráfico de drogas no Complexo do Alemão, zona norte carioca.
Segundo o delegado responsável pela investigação, Felipe Curi, da 45ª DP (Alemão), Silva é apontado como braço direito do traficante foragido Luciano Martiniano da Silva, o Pezão, que chefiou durante anos o tráfico local antes da ocupação das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora).