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Consulados dos EUA atendem só pedidos urgentes de visto

Quem foi às unidades de SP e Rio e não se encaixava nas prioridades foi orientado a voltar em outro dia

Entrevistas para emissão de visto foram suspensas devido a uma falha no sistema que atingiu vários países

FELIPE SOUZA DE SÃO PAULO LUCAS VETORAZZO DO RIO

Desde o início da manhã de sexta-feira (1º), dezenas de pessoas foram ao Consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo para tirar o visto. Mas poucas passaram pelo portão de entrada.

As exceções eram os casos de urgência, como as pessoas que fazem tratamento médico nos Estados Unidos. Também foram avaliadas as viagens para intercâmbio marcadas para os próximos dias.

No Rio, foi priorizado o atendimento de pessoas de outros Estados. Quem mora na cidade foi orientado a voltar no dia 13, mesma instrução dada em São Paulo aos casos sem urgência.

Uma falha mundial no sistema que emite as permissões levou ao cancelamento das entrevistas para visto previstas para esta sexta. Há previsão de retomada do atendimento na segunda (4).

Quem tinha horário marcado foi avisado por e-mail ou telefone de que seriam atendidos apenas casos urgentes. Mas muitos decidiram ir ao local para conferir.

A turismóloga Lúcia Conci, 48, saiu de Bento Gonçalves, no interior do Rio Grande do Sul, e foi impedida de fazer a entrevista na capital paulista. "Minha viagem aos EUA está marcada para o dia 2 de novembro e queria resolver isso logo, mas agora acho que vou ter que passar por isso tudo de novo", disse.

Ela disse ter pedido folga no trabalho. "Gastei R$ 1.000 em passagens de ida e volta, fora a hospedagem."

Lúcia afirmou ter recebido um e-mail com orientação para ir pegar o visto e que continuaria tentando convencer os funcionários a liberá-la.

Três amigos de Bento Gonçalves, na serra gaúcha, já estavam no Rio quando chegou um e-mail do consulado. "Ficamos com medo porque só tínhamos essa oportunidade de vir ao Rio. Deu tudo certo no final", comemorava a professora de história Angela Bissolotti, que estava com o namorado e uma amiga. Eles vão passar o Réveillon na Disney, em Orlando, Flórida.

Uma estudante de Petrópolis (a 70 km do Rio), que não quis se identificar, disse que uma funcionária do consulado do Rio orientou que ela voltasse no dia 13, já que o atendimento priorizava quem era de longe.

A estudante disse ainda ter argumentado que Petrópolis não é tão perto e que tirou uma folga para ir à capital.

A professora Giseli Ribeiro, 46, teve mais sorte em São Paulo. Ela conseguiu pegar o visto da filha Barbara, 16, que tinha viagem marcada para a tarde desta sexta para o Arizona, onde fará intercâmbio.

"Ela já tinha feito a entrevista e estava com muito medo de não conseguir buscar o passaporte, mas deu tudo certo", afirmou a mãe.

Na capital paulista, funcionários sugeriram que as pessoas que moram perto voltassem na segunda (4), mas sem garantia de atendimento. O consulado informou que essa orientação não é oficial e que as pessoas devem voltar no dia indicado por e-mail.

Caso não seja possível comparecer na data indicada, um novo agendamento poderá ser feito no site.

O governo americano afirmou que o problema é mundial e que, dos 425 mil vistos previstos para serem emitidos de 20 a 28 de julho, conseguiu apenas 220 mil.


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