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Na volta às aulas, greve fecha dez prédios da USP

Em ao menos 3 locais houve bloqueios para impedir a entrada, diz reitoria

Na Unicamp, servidores fecharam quatro das seis portarias por duas horas e meia; Unesp ofereceu abono de 21%

DE SÃO PAULO

Ao menos dez prédios da USP permaneceram fechados nesta segunda-feira (4) devido à greve de professores e funcionários. Estava programada a volta às aulas após o recesso de julho.

Em ao menos três deles os funcionários foram impedidos de entrar, segundo a universidade: a reitoria, a administração central e a prefeitura. O prefeito da USP, Arlindo Philippi, foi um dos barrados.

A reitoria não soube informar se os demais prédios não funcionaram por falta de funcionários ou por bloqueios.

Um grupo de cerca de 300 pessoas fazia planos de montar barracas para passar a noite na frente da reitoria.

Segundo a universidade, ficaram fechados a reitoria e os nove prédios citados em uma liminar de reintegração de posse concedida pela Justiça no dia 24 de julho (entre eles a prefeitura do campus e o Centro de Práticas Esportivas, o Cepeusp).

No domingo (3), a PM cumpriu mandado de reintegração e retirou pacificamente cerca de 25 alunos que estavam acampados no Cepeusp.

Segundo a universidade, as aulas foram retomadas em todas as unidades. A reportagem, porém, não viu aulas na FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas). A reitoria afirmou que foram realizadas outras atividades com os alunos.

Os trabalhadores das três universidades públicas estaduais (Unesp, Unicamp e USP) entraram em greve no dia 27 de maio, em protesto contra a proposta dos reitores de não conceder reajuste salarial neste ano.

O bloqueio do prédio da reitoria da USP começou após os funcionários constatarem, durante assembleia, que tiveram pontos descontados devido à paralisação.

Magno de Carvalho, um dos diretores do Sintusp (Sindicato dos trabalhadores da USP), afirmou que não haverá ocupação de prédio, mas que os bloqueios permanecerão. A reitoria informou que a liminar de reintegração de posse ainda está valendo.

A decisão da Justiça permite, caso haja necessidade, o "uso da força policial".

UNICAMP

Na Unicamp, servidores fecharam quatro das seis portarias de acesso ao campus, em Campinas (93 km de SP), entre 8h e 10h30. Foi o quarto "trancaço" organizado pelo STU (Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp) desde o início da greve.

A universidade adiou para 1º de setembro o início do segundo semestre letivo.

Em nota, a universidade informou que "a reitoria vai tomar as medidas jurídicas cabíveis" contra os "trancaços", sem especificar quais.

Os professores da Unicamp aceitaram, na última sexta (1º), proposta de abono de 21% sobre o salário de julho e suspenderam a paralisação até a próxima reunião de negociação, em 3 de setembro.

Ontem (4), a reitoria da Unesp apresentou a mesma proposta de abono a seus funcionários e professores. Os sindicatos foram procurados por telefone, à noite, mas ninguém foi encontrado para comentar a proposta.

A greve afetou a retomada das aulas em 17 dos 24 campi da universidade.


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