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Família oferece recompensa por pistas de assassino em Goiânia

Pai de uma das 15 mulheres mortas por motociclistas neste ano anunciou que pagará R$ 10 mil

Uma das hipóteses em investigação pela polícia é que crimes tenham sido cometidos por um "serial killer"

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

A família de uma das 15 mulheres mortas em Goiânia neste ano por motociclistas armados ofereceu uma recompensa de R$ 10 mil para quem ajudar a Polícia Civil a chegar aos criminosos.

A iniciativa é do ex-delegado Uigvan Duarte, 61, pai de Ana Maria Duarte, 26, morta em 14 de março em uma lanchonete da cidade. Outra filha de Uigvan, Lívia Fiori, é policial civil e trabalha na investigação da morte da irmã.

"Com um tiro só, ele [criminoso] matou meus pais, eu, meu irmão", diz a policial.

Após cinco meses sem ter uma resposta sobre o assassinato da filha, Uigvan diz confiar no trabalho da polícia, mas afirma que a recompensa foi a saída encontrada num momento de desespero.

Para Lívia, a recompensa é uma chance de a sociedade ajudar. A polícia não se opõe. "É uma decisão da família. A gente respeita", diz o delegado Norton Luiz Ferreira.

As 15 mortes tiveram circunstâncias semelhantes: homens usando capacetes pretos, em motos escuras, atiram nas vítimas na região do tórax e fogem sem levar nada.

A polícia falava em 12 casos, mas, nesta quarta (6), atualizou o número para 15 e incluiu na investigação duas tentativas de assassinato e o homicídio de um homem.

A série de mortes --a última, da jovem Ana Lídia de Souza, 14, foi no sábado (2)-- fez o governador Marconi Perillo (PSDB), que concorre à reeleição, determinar o reforço da equipe de investigação.

"Estou me sentindo completamente desprotegida. Parece um filme de terror", diz Talita Motta, grávida de 24 anos que evita sair de casa.

A estudante Jordana Vallvé, 22, afirma que perdeu a paz. "Não quero mais sentar perto da rua quando vou a algum bar. Quero ir embora daqui", afirma.

A polícia não descarta a existência de um "serial killer" (assassino em série), mas afirma que a suspeita é apenas uma entre tantas.

No caso de Ana Maria Duarte, a polícia investiga também as hipóteses de latrocínio (roubo seguido de morte) e vingança, como conta a irmã policial.

Nesta quarta-feira (6), dois mandados de prisão foram expedidos. A Polícia Civil não deu detalhes.


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