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Kyrana Atherino Lacerda (1923-2014)

Dedicava-se ao trabalho social

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Kyrana mal tinha nascido quando foi escolhida pela futura sogra para se casar com um dos meninos da comunidade grega de Florianópolis.

Mesmo com o acordo informal, o prometido Jorge se apressou em voltar do Rio, onde trabalhava, para pedir a mão da moça ao saber que ela era cortejada por outro rapaz.

Os primeiros anos de casamento foram vividos na então capital do Brasil. Kyrana voltou à terra natal quando o marido tornou-se governador de Santa Catarina, em 1956.

Jorge Lacerda --o sobrenome Lakierdis foi aportuguesado quando a família chegou ao Brasil-- morreu dois anos depois, em um acidente de avião, junto com o ex-presidente Nereu Ramos.

Viúva aos 34, Kyrana teve de criar sozinha as três filhas. Por dez anos, manteve o luto, vestindo-se apenas de preto. Nunca se casou novamente.

Não deixou, porém, de continuar o trabalho social que começou como primeira-dama. Distribuía agasalhos e comida em cidades do interior do Estado, participava de festas beneficentes, tricotava enxovais para crianças pobres, distribuídos pela Associação Helênica da igreja Ortodoxa Grega São Nicolau.

Matriarca de personalidade forte, cultivava as raízes dos antepassados. Ia quase todos os anos à ilha de Castelorizo, onde nasceram seus pais.

Há quatro anos, sofreu uma isquemia. Morreu no domingo (3), aos 90 anos. Teve três filhas, Irene, Zoê e Cristina, seis netos --um já é falecido-- e cinco bisnetos.

A missa de nono dia será realizada às 19h30 de amanhã (11/8), no colégio Catarinense, devido ao espaço pequeno da igreja ortodoxa.


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