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Foco

Sites para hospedar animais em casa viram moda na Europa

GRACILIANO ROCHA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM PARIS

A bulldog francesa Granada, de seis anos, é uma hóspede frequente do apartamento da arquiteta parisiense Christelle Lecouer, 38. É a quinta vez neste ano que os donos entregam o seu "bebê" para ela. Desta vez, por duas semanas, enquanto vão para Grécia, de férias.

Christelle recebe 13 euros (R$ 39) por dia para cuidar de Granada. Alimenta a cadela em horários regulares, leva para passear quatro vezes ao dia e brinca e acaricia Granada como se fosse criança.

"Adoro cachorros, mas não gostaria de ter o meu porque custa caro e dá muito trabalho. É uma boa maneira de passar algum tempo sem tanta responsabilidade", disse Christelle à Folha enquanto Granada rolava e mastigava um rato de pelúcia.

Na Europa cresce o número de plataformas online que conectam proprietários com "pet-sitters", que aceitam recebê-los por diárias entre 8 e 20 euros (R$ 24 e R$ 60).

Sites permitem que o interessado escolha o período em que precisa do serviço e o perfil da pessoa a quem confiará a mascote. Uma ferramenta de geolocalização permite encontrar hospedagem disponível por bairro.

Segundo sites que atuam no setor, o "pet-sitter" pode ser alguém que já tem um cão ou gato e quer buscar companhia para o seu bicho. Ou famílias com crianças que querem fazer um "test drive" antes de decidir se compram ou não um animal de estimação.

Outro perfil comum é o do passeador profissional, que cuida de animais para reforçar o orçamento.

"Para muitas pessoas, o cachorro ou o gato é como uma criança e seria impensável deixá-los numa jaula. É muito mais interessante hospedá-los com outras pessoas que também gostam de animais", afirma François de Landes, co-fundador do Dogvacances, uma "start-up" francesa voltada à hospedagem de pets que entrou em operação há três meses.

Para tranquilizar os donos, diz ele, é comum que os "pet-sitters" enviem SMS e fotos do "hóspede" diariamente.

SEGURO

Uma questão central é a segurança do animal enquanto o dono está fora. Os sites realizam processo de checagem da identidade --incluindo dados de contato e bancários-- de cada "pet-sitter" antes de ativar o perfil na internet.

"Verificamos cada perfil de pessoa interessada em receber os animais. Além disso, os dados do site têm de coincidir com os dados bancários para o pagamento", diz o italiano Enrico Sargiacomo, 32, fundador do Bibulu.

Criada em 2013, a empresa de hospedagem animal reúne 40 mil pessoas.

Os sites se financiam cobrando taxa do dono e também do "pet-sitter". Um seguro para emergências veterinárias está incluído no preço.


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