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Jogador do Flamengo é suspeito de envolvimento com milícia do Rio

Segundo polícia, meio-campista Luiz Antônio deu carro de R$ 130 mil a ex-policial membro do grupo

Atleta, que não se manifestou, deve dar depoimento nesta semana; clube também não se pronunciou

MARCO ANTÔNIO MARTINS DO RIO

O jogador do Flamengo Luiz Antônio de Souza Soares, 23, é suspeito de ligação com a milícia Liga da Justiça, a maior do Estado do Rio.

De acordo com as investigações, Luiz Antônio deu um Ford Edge, avaliado em cerca de R$ 130 mil, para o ex-PM Marcos José de Lima Gomes, suspeito de ser um dos chefes da milícia. Conhecido como Gão, o ex-PM está preso.

Segundo a polícia, a Liga da Justiça, formada por ex-policiais e policiais da ativa, explora moradores do bairro de Campo Grande, cobrando taxas por serviços básicos.

Luiz Antônio, titular da equipe que conquistou a Copa do Brasil no ano passado, deverá prestar depoimento nesta semana à Polícia Civil.

Ele não foi localizado nesta segunda. O Flamengo disse que só se manifestará após o término das investigações.

Segundo a polícia, após a entrega do carro, o pai do meio-campista, Luiz Carlos Soares, 52, registrou o roubo do veículo em uma delegacia, no dia 11 de janeiro deste ano.

Como o carro estava com o miliciano, o delegado Alexandre Capote suspeita que Luiz Antônio e o pai tentaram aplicar um golpe para receber o dinheiro do seguro. Intimado pela polícia, o jogador deve depor nesta semana.

A investigação aponta que o miliciano teria ficado com o veículo por duas semanas e depois passado o carro a outro integrante do grupo.

Na semana passada, 21 membros da Liga da Justiça foram presos, acusados, entre outras suspeitas, de cobrar taxas de moradores do programa Minha Casa, Minha Vida.

Um depoimento de uma testemunha revelado no domingo pelo programa Fantástico, da Rede Globo, mostra que os milicianos realizavam festas e churrascos semanais.

Os encontros ocorriam sexta e sábado sob forte esquema de segurança. "Há uns 168 fuzis", disse a testemunha.

A esses churrascos compareceriam um jogador de futebol --suspeita-se que seja Luiz Antônio-- e cantores de grupos de pagode.

A polícia investiga se Luiz Antônio passou a frequentar as festas levado por outro suspeito: o policial civil Alexandre Antunes, que trabalhava na delegacia onde o roubo do carro foi registrado pelo pai do jogador de futebol.


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