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Cotidiano

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Valdemar Szaniecki (1939-2014)

Marchand, cultivou a baianidade

DE SÃO PAULO

Em 1959, sozinho e com 20 anos recém-completados, o baiano Valdemar Szaniecki saiu de Salvador rumo a São Paulo para "vencer na vida".

Transferiu o curso de direito para uma faculdade em Santos, no litoral paulista, alugou um quarto no apartamento de uma família na rua José Paulino, centro de São Paulo, e começou a batalha.

Aqui, trabalhou com turismo, publicidade, jornalismo e incorporação imobiliária. Antes, ainda na terra natal, foi locutor de rádio e professor de psicologia do curso de arbitragem da Bahia.

Certo dia, já em São Paulo, surgiu a oportunidade de fazer uma exposição do artista plástico Kennedy Bahia em um salão na rua Bela Cintra.

Após sucesso de público e crítica, Valdemar decidiu alugar definitivamente o local. Nascia ali, em 1965, o espaço A Galeria, que já nos primeiros anos recebeu exposições de Tarsila do Amaral, Hélio Oiticica, Di Cavalcanti, Candido Portinari, dentre outros.

Mesmo na capital paulista, o marchand não se afastou de suas origens. Incentivou pintores baianos, foi parceiro de Tom Zé em composições, inspirou e virou personagem do amigo Jorge Amado e manteve a torcida pelo Bahia.

Judeu, também era filho de Oxóssi e discípulo da mãe de santo Olga de Alaketu.

Tido como um prosador nato, viveu intensamente, sempre rodeado de amigos, numa agitada vida cultural.

Por mais de 50 anos, foi casado com Belinha, que ele conheceu em um baile no Bom Retiro, centro paulistano.

Morreu na quinta (7), aos 75, após uma parada cardiorrespiratória. Além da viúva, deixa os filhos, Ronaldo, Eduardo e Natasha, e oito netos.


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