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Ilustrada - em cima da hora

Historiador Nicolau Sevcenko morre aos 61

Especialista em história cultural do Brasil era professor titular da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos

Ele se sentiu mal em sua casa na noite desta quarta-feira (13) e chegou sem vida ao hospital Santa Virgínia

DE SÃO PAULO

O historiador Nicolau Sevcenko morreu na noite desta quarta (13), aos 61 anos, em sua casa, em São Paulo. Uma autópsia será realizada para determinar a causa da morte, mas o médico que atendeu a emergência diz que se tratava de um provável infarto.

Sevcenko foi encontrado caído no chão de sua casa por sua mulher, a artista plástica Cristina Carletti, por volta das 19h. Ele chegou sem vida ao hospital Santa Virgínia, próximo à sua residência no bairro do Belém, zona leste de SP.

Ainda não foram definidos os locais e os horários para o velório e para o enterro.

TRAJETÓRIA

Sevcenko nasceu em São Vicente, na Baixada Santista, em 1952. Era descendente de ucranianos --seu avô fez parte do exército russo e lutou com os czaristas contra os bolcheviques, na Revolução de 1917.

Perseguida por tropas stalinistas, a família fugiu do país. No Brasil, eles evitavam comentar o assunto, o que despertou a curiosidade de Nicolau pelo estudo da história.

Graduou-se na disciplina pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo em 1975, e se dedicava ao estudo da cultura brasileira e do desenvolvimento de cidades como São Paulo e Rio.

Sevcenko fez doutorado em história social, também pela USP, e concluiu o pós-doutorado em Londres, onde dividiu sala com o também historiador Eric Hobsbawm (1917-2012).

Em 1992, obteve o título de livre-docente pela USP com a tese "Orfeu Extático na Metrópole". Lecionou também na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e na Universidade Estadual de Campinas.

Professor titular da Universidade de Harvard, nos EUA, Sevcenko era referência nos estudos de história da cultura e da urbanização, sobretudo na virada do século 19 para o 20.

Ele foi editorialista da Folha e responsável pela pesquisa que deu origem ao livro "Primeira Página", publicado pelo jornal, no qual assina o texto de introdução.

Sevcenko não teve filhos. Deixa 11 gatos e dois cachorros, Toby e Biruta.


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