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Condomínio faz poço de R$ 60 mil no interior de SP

Construtor não quis ligar conjunto de 10 casas à rede de água encanada

Reservatórios no país operam com 26,1% a menos da capacidade que tinham no mesmo período do ano passado

DE CAMPINAS DE SÃO PAULO

A incerteza sobre o fornecimento de água faz clientes residenciais pensarem em outras alternativas. Foi o que aconteceu em um condomínio em Vargem Grande Paulista (a 44 km de São Paulo).

O construtor Rodrigo Krisciunas está fazendo um conjunto de dez casas e optou por fazer um poço artesiano em vez de ligar o empreendimento à rede de água da Sabesp.

"Os condomínios têm de se virar. Se for esperar o governo, falta água", afirma ele, que gastou R$ 60 mil na obra.

Ricardo Hirata, especialista da USP em águas subterrâneas, estima que existam 12 mil poços artesianos hoje na Grande São Paulo, dos quais 3.000 ou 4.000 são legalizados. Mais 800, afirma, deverão entrar em funcionamento entre o começo deste ano e o fim do próximo.

"Em condições normais, nosso maior cliente é o industrial. Hoje, a procura está em todos os segmentos", diz Fernando Daleffe, da Edisonda, de Campinas. "Muitos condomínios, de casas ou apartamentos, têm nos procurado."

SITUAÇÃO CRÍTICA

Em todo o país, os reservatórios estão com volume 26,1% menor do que no mesmo período do ano passado.

Dados do Operador Nacional do Sistema do dia 15 mostram que o volume está em 46,9%. Em 2013 era 63,5%.

O sistema é composto por reservatórios federais que produzem energia, mas que fornecem água para consumo.

O reservatório Três Marias (MG), na bacia do São Francisco, está com 8,46% de seu volume --há um ano, era 40,24%.Para reter mais água na represa, a Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) reduziu a vazão sobre o rio, afetando o abastecimento de Pirapora (MG). O município, de 17,8 mil habitantes, foi à Justiça para barrar as reduções.


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