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Presos são decapitados em motim no PR

Rebelião na Penitenciária Estadual de Cascavel começou na manhã de domingo e continuava no final da noite

Amotinados dizem pertencer a facção criminosa e reclamam de más condições e agressões no presídio

LUIZ CARLOS DA CRUZ COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE CASCAVEL

Pelo menos quatro presos foram assassinados, dois deles decapitados, em uma rebelião iniciada na manhã deste domingo (24) na Penitenciária Estadual de Cascavel (a 498 km de Curitiba).

A informação é de policiais e da comissão de direitos humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

O motim, que começou por volta das 7h, continuava até a conclusão desta edição. Às 20h, as autoridades encerraram as negociações com os detentos e anunciaram que vão retomá-las na manhã desta segunda (25).

Ao menos três pessoas eram feitas reféns --dois agentes penitenciários e um policial preso por tráfico.

Os detentos amotinados, que dizem ser da facção criminosa PCC, passaram o dia no telhado do presídio, de onde jogaram pelo menos quatro presos. Eles reclamam de más condições e de agressividade dos agentes.

O advogado Jairo Ferreira Filho, do Sindarspen (Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná), e o representante da OAB Amarildo Horvath afirmam que pode haver mais mortos no local.

Ambulâncias saíram do presídio levando feridos, mas o número não foi divulgado. Segundo a Secretaria de Justiça, 60% do presídio estava tomado pelos amotinados.

Horvath, que deixou a unidade prisional por volta das 17h após acompanhar as negociações, disse ter visto três mortos. "Os presos falam que há mais", disse o advogado.

Segundo Ferreira, os rebelados usaram a cabeça de um morto para torturar um agente penitenciário que é mantido refém. Eles encostaram a cabeça no colo do agente, que estava deitado no telhado. "Estão fazendo tortura psicológica", disse Ferreira Filho.

A penitenciária tinha 1.040 detentos no momento da rebelião e nove agentes para fazer a segurança, segundo o sindicato dos funcionários.

De acordo com o capitão da Polícia Militar Cícero Tenório, pelo menos 36 presos que não participaram da rebelião foram transferidos à tarde para a PIC (Penitenciária Industrial de Cascavel), que fica ao lado do presídio.


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