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Cotidiano

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José Raphael Musitano Piragine (1929-2014)

Viveu o sonho de ser pianista

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Aos oito anos, quando começou os estudos de piano, José Piragine já mostrava seu talento: aprendeu de ouvido a tocar o hino nacional.

Incentivado pela família, deixou Jaú, no interior paulista, para estudar na capital com renomados artistas, como Magdalena Tagliaferro.

Especializou-se também na Itália, onde fez vários recitais. A convite do historiador Sérgio Buarque de Holanda, participou de uma palestra em Roma sobre música brasileira, executando canções de Heitor Villa-Lobos e Francisco Mignone.

Em 1956, encerrou a carreira profissional. Perfeccionista, pensava que não conseguiria chegar aonde queria.

Não se afastou, porém, do piano. Ainda deu aulas e sempre tocava em casa. Participava ativamente de corais, como o dos voluntários da AACD, que ajudou a fundar, e o do museu do Ipiranga.

Também se dedicou à composição; foi autor de inúmeras peças e arranjos.

Após deixar os palcos, trabalhou nas áreas administrativa e financeira de empresas em São Paulo e Brasília.

Em 1967, tornou-se diretor na TAM, quando ainda chamava-se Táxi Aéreo Marília. Foi o responsável por criar, anos mais tarde, o logotipo da empresa em vermelho vivo.

Adorava tirar fotos, principalmente da família, e restaurar retratos antigos. Montou no computador um acervo com cerca de 50 mil imagens.

Teve câncer e sofria da síndrome de Stevens-Johnson, caracterizada por erupções nas mucosas. Morreu no dia 17, aos 85. Deixa Marli, com quem era casado desde 1965, e as filhas, Angela e Daniela.


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