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Grupo mora há 3 meses em conjunto inacabado

DE SÃO PAULO

Um grupo de 200 sem-teto invadiu há três meses o condomínio Pirassununga, do Minha Casa, Minha Vida, na Cidade Tiradentes (zona leste). A Caixa disse que já pediu reintegração de posse e aguarda a Justiça para recuperar o empreendimento.

De acordo com o banco, a obra já estava 73% concluída quando foi ocupada.

Os sem-teto, não se importaram com o estado em que foram encontradas as unidades. A maioria não foi sequer rebocada ou pintada.

O segurança Elias Vieira da Silva, 37, disse que deixou de pagar R$ 380 de aluguel em dois cômodos para morar com a mulher e os seis filhos no local. "Aqui estava abandonado. Queremos pagar pela nossa moradia, mas com prestações de R$ 350, que cabem no nosso bolso", disse.

Para evitar esse tipo de invasão, a prefeitura adotou a estratégia de entregar os condomínios em partes. Cada bloco é entregue independentemente do estágio da obra do outro no mesmo condomínio. Assim, os donos evitam que o local fique vazio e atraia ações de sem-teto.

Funcionários da Cohab disseram que isso é feito, inclusive, quando ainda faltam detalhes da obra. "Fazemos acordo com moradores para que eles comecem a morar e a gente instala coisas pequenas, como espelhos para tomada ou um chuveiro quando ele já estiver morando", afirmou um deles, que pediu para não ser identificado.

INVESTIGAÇÕES

A Polícia Federal abriu seis investigações sobre as invasões e danos a imóveis do Minha Casa, Minha Vida. No entanto, ela afirmou que não pode dar detalhes porque elas ainda estão em curso.

O Ministério Público de São Paulo também apura ilegalidades nas invasões e na venda ilegal desses imóveis.

O atraso na entrega dessas moradias atrapalha o programa de metas da gestão Fernando Haddad (PT), que prevê a entrega de 55 mil unidades a famílias de baixa renda até 2016. Desde janeiro de 2013, a Secretaria Municipal de Habitação destinou terrenos para a construção de 93 mil novas moradias. Até agora, apenas 2.600 foram concluídas, 13 mil ainda estão em obras e 58 mil estão contratadas ou perto de começar as obras. Outras 20 mil estão em fase de aprovação ou projeto.

A prefeitura gastou R$ 80 milhões em desapropriações em 2013 e mais R$ 220 milhões devem ser investidos no setor neste ano.


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