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Conselho da USP aprova transferência de hospital

Unidade de Bauru passará para o controle do governo do Estado; após protesto, votação sobre HU é adiada

THAIS BILENKY NATÁLIA CANCIAN DE SÃO PAULO

O Conselho Universitário da USP aprovou nesta terça-feira (26) a transferência do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (Centrinho), em Bauru, para o governo do Estado.

É a primeira medida aprovada de uma série de propostas feitas pela reitoria para conter a crise financeira. Segundo o conselho, uma comissão vai acompanhar a transferência do Centrinho à Secretaria de Saúde.

A discussão de outras propostas foi adiada. Ficou para 2 de setembro a votação sobre o plano de demissão voluntária de funcionários.

A possível transferência do Hospital Universitário para o governo estadual só será discutida em 30 dias. Uma comissão será formada para avaliar a mudança, após pedido da direção e dos alunos da Faculdade de Medicina.

Um grupo de cerca de 600 pessoas protestou contra a proposta de transferência dos hospitais na frente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas, na Cidade Universitária.

Alunos e professores temem que a medida ameace o ensino e prejudique contratos com funcionários.

A decisão sobre o Centrinho também preocupa setores do hospital, que hoje sofre com deficit de médicos.

"Os recursos que temos hoje não são suficientes", diz a superintendente da unidade, Regina Amantini. "Quem vai repor os nossos funcionários?", questiona ela, que já recebeu ligações de pacientes --ela garante que o atendimento não será afetado.

"Só podemos saber se [a transferência] é viável após o posicionamento da Secretaria de Saúde. Mas assusta. É um hospital reconhecido internacionalmente e que precisa sobreviver."

Em resposta às críticas, o reitor Marco Antônio Zago afirmou que o argumento de perda de qualidade no ensino e atendimento "não é realista". Disse ainda que a transferência será positiva para os alunos, que "ficam mais próximos do SUS".

O reitor nega demissão de funcionários. Segundo ele, as transferências para o Estado livram a USP de novas contratações, sem as quais começará o processo de sucateamento do hospital.

Os servidores da USP entraram em greve há três meses. O sindicato reivindica um reajuste salarial de 9,78%, enquanto a universidade descarta negociação neste ano devido à crise financeira.


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