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Madrasta ameaçou Bernardo, diz delegada

Segundo a policial, vídeo mostra a mulher dizendo que vai matar o menino de 11 anos; corpo foi achado em abril

As imagens indicam que o pai era conivente com a mulher, diz delegada; defesas não comentaram o vídeo

DE PORTO ALEGRE DO UOL

A delegada Caroline Machado, responsável pela investigação do assassinato de Bernardo Boldrini, 11, afirmou que será usado como prova um vídeo em que a madrasta ameaça matar o menino.

As imagens, segundo ela, provam que o pai era conivente com a mulher e também maltratava o filho.

O corpo do garoto foi encontrado no dia 14 de abril dentro de um saco plástico em um matagal em Frederico Westphalen (a 364 km de Porto Alegre), cidade vizinha a Três Passos, onde ele morava com o pai e a madrasta.

O pai do garoto, Leandro Boldrini, a madrasta, Graciele Ugulini, e os irmãos Edelvânia Wirganovicz e Evandro Wirganovicz foram denunciados sob acusação de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica. Os quatro estão presos.

Em determinado momento do vídeo, segundo a delegada, Graciele diz, dirigindo-se ao menino: "Vamos ver quem vai primeiro para baixo da terrinha, então?".

Caroline diz que as imagens mostram Bernardo pedindo socorro, enquanto é xingado pela madrasta e pelo próprio pai --que toma uísque sentado em uma poltrona. Em um trecho, o menino aparece "grogue", após tomar um medicamento.

"Ele [Leandro] fala que vai dar o remédio. Depois, [Bernardo] volta com a voz grogue", disse a delegada. O vídeo, segundo ela, foi recuperado por peritos no celular do pai do garoto.

A delegada depôs nesta terça-feira (26) em Três Passos, durante cinco horas, e foi uma das primeiras testemunhas de acusação ouvidas em audiências no processo.

Os únicos réus que estavam presentes eram Edelvânia e Evandro. O pai e a madrasta de Bernardo não quiseram comparecer.

OUTRO LADO

As defesas dos réus disseram que ainda não tiveram acesso ao conteúdo da gravação e que, por isso, não se manifestariam sobre o vídeo.

Leandro nega participação no crime e Graciele alega que a morte foi acidental, causada por erro na dosagem do calmante que deu ao enteado.

Edelvânia afirma que ajudou Graciele a ocultar o corpo do garoto após sofrer "pressão psicológica". Evandro, acusado de ter cavado a cova, nega participação na morte de Bernardo.


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