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Para conter enxames, Franca caça abelhas e doa a apicultores

ISABELA PALHARES DE RIBEIRÃO PRETO

Com a produção de mel em queda no país há pelo menos dois anos devido à alta mortalidade de abelhas, a Prefeitura de Franca espalhou "iscas" para atrair esses insetos.

Nos últimos dois anos, a cidade, a 400 km de São Paulo, teve surtos de abelhas entre agosto e dezembro --o aumento das temperaturas favorece a reprodução.

As iscas são feitas de caixas de papelão e têm uma cera que atrai as abelhas. Depois que os enxames são formados, bombeiros e agentes da prefeitura coletam as caixas e as doam a apicultores.

Célio Augusto Pereira Rodrigues, biólogo da prefeitura, disse que o surto se deve ao crescimento da cidade, que diminuiu a vegetação.

Por isso, elas migraram para o ambiente urbano em busca de alimentos.

Segundo Rodrigues, a estimativa é a de que nos próximos meses as equipes retirem até 200 enxames na cidade.

O apicultor Guilherme Antonio de Faria, 22, iniciava sua produção de mel quando recebeu a doação de um enxame da prefeitura em 2013.

"No começo achei que não daria certo. Apesar do cuidado, a locomoção do enxame fez com que 2.000 das dez mil abelhas morressem. Com paciência e cuidado, a colmeia se desenvolveu."

Atualmente, ele tem 12 colmeias que, a cada florada --são quatro ao ano--, rendem de 120 a 150 quilos de mel. "A produção ainda é pequena. Espero receber novos enxames neste ano para aumentar o faturamento."

Radamés Zovaro, diretor-técnico da Apacame (Associação Paulista de Apicultores Criadores de Abelhas Melíficas Europeias), disse que a iniciativa do município deve favorecer a apicultura regional e deveria ser adotada em outros lugares.

Segundo ele, nos últimos dois anos cerca de 5.000 colmeias foram perdidas no país devido a agrotóxicos. A produção brasileira, de cerca de 40 mil toneladas de mel, foi reduzida em até 20%.

A previsão para este ano é que a produção seja ainda mais prejudicada por causa da falta de chuvas no Sudeste, que impediu o desenvolvimento das flores.


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