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Depois de Nova York, 'microapês' se multiplicam em São Paulo

Imóveis chegam a 18 m²; ao menos 298 foram lançados em 2014

LETÍCIA MORI VANESSA CORREA DE SÃO PAULO

A cidade cresce e os apartamentos diminuem. O fenômeno não é novo, mas atingiu novo recorde este ano quando foi lançado o Setin Downtown São Luís, em São Paulo, com plantas de 18 m², menor unidade residencial já comercializada na cidade.

Comuns em cidades como Paris e Tóquio, a moda dos microapês, que já estourou em Nova York, chegou à capital paulista.

Levantamento da Folha mapeou 15 empreendimentos com unidades até 30 m² em lançamento ou construção.

Só em 2014 foram 298 apartamentos com essa metragem lançados até julho, segundo a consultoria Geoimoveis. Nos últimos três anos foram 1.691. Esse tipo de unidade quase não existia até 2011.

"É uma resposta do mercado imobiliário à alta dos preços", explica Renato Cymbalista, professor de arquitetura na USP. O valor dos imóveis dobrou na cidade nos últimos cinco anos, segundo a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

Por causa da metragem, o preço final fica menor para o comprador -assim o negócio é vantajoso para as construtoras, que cobram mais por metro quadrado construído.

Na região da República, o metro quadrado de alguns lançamentos chega a R$ 14 mil. O preço médio em unidades maiores no centro fica entre R$ 10 mil e R$ 12 mil.

A maior parte dos supercompactos está no centro (41%) ou em áreas de outras regiões com pontos como faculdades e estações de metrô.

As construtoras apostam no crescimento da população de jovens, que têm demorado mais para casar e ter filhos, e divorciados.

Com espaços menores, a decoração é um desafio. "Escolhi móveis pequenos, das luminárias à cama", diz a professora Daniela Lima, 40, que mora em um apartamento com 30 m².


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