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Mario Herculano Bandeira (1928 - 2014)

Um homem de cachimbo, veleiro e pudim

FABRÍCIO LOBEL DE SÃO PAULO

Nos últimos anos, era fácil encontrar Mario na garagem de sua casa no meio de ferramentas e traquitanas. Por de trás dos óculos de grandes aros e no aroma da fumaça de seu inseparável cachimbo, ele construía pequenos modelos de barcos.

Eram fragatas, caravelas e galeões que desafiavam as ondas, mesmo que pousados na palma de sua mão.

Sempre inventivo, desenvolveu técnicas próprias para fazer seus modelos.

Os navios eram sua paixão desde o tempo em que aprendeu a velejar na baía de Guanabara. Mais tarde, virou até juiz renomado de regatas.

Engenheiro de formação, Mario teve como grande vocação acumular amigos. Alguns dos tempos de escaladas em Teresópolis e outros do Clube do Cachimbo, feito para admiradores desta prática.

Outra paixão era a fotografia. Para poder exercê-la como desejava, chegou a improvisar uma câmara escura no banheiro de casa, onde se dedicava a revelar seus negativos.

Nesses dias, a família tinha que esperar que o pai terminasse a atividade para poder tomar banho.

Neto de uma inglesa, ele aprendeu a cozinhar o pudim de frutas, tradicional bolo natalino britânico. Receita que repetia todos os anos e que ensinou aos descendentes.

Morreu na última quarta-feira (27), aos 86 anos, em decorrência de infecção hospitalar. Deixou a mulher, Anna Francesca, dois filhos, Mario e Marina, e seis netos.

A família fará a missa do sétimo dia nesta quarta-feira (3), na paróquia Nossa Senhora da Esperança, em Moema, às 18h.


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