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Paulista terá ciclovia até o fim do ano, diz secretário
Segundo Jilmar Tatto (Transportes), implantação começará neste mês
Trajeto será criado no canteiro central; separação permanente de parte da via é pedido antigo dos ciclistas
A avenida Paulista, na região central de São Paulo, terá uma ciclovia até o final do ano, informou nesta segunda-feira (1º) o secretário de Transportes, Jilmar Tatto.
O início da implantação, no canteiro central da via, está previsto para ainda este mês, segundo ele, que não informou a data exata.
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) vinha divulgando apenas que o projeto estava em estudo.
A ideia da companhia é alargar o canteiro central para criar faixas exclusivas para bicicletas nos dois sentidos de circulação. Assim, a quantidade de faixas de carros (três por sentido) e de ônibus (uma) não seria alterada.
Atualmente, a faixa de tráfego junto ao canteiro central, nos dois sentidos, é transformada em ciclofaixa de lazer aos domingos, das 7h às 16h.
Os defensores da bicicleta como meio de transporte, porém, reivindicavam há anos uma ciclovia --separação fixa de parte da via-- no local. Eles dizem que a Paulista, por ser mais plana, é o melhor caminho para bicicletas.
Antes do projeto da gestão Fernando Haddad (PT) de implantar 400 km de ciclovias até 2015, a CET defendia que os ciclistas utilizassem vias paralelas à Paulista, onde o tráfego de veículos é menor.
A via já foi palco de graves acidentes. No ano passado, um jovem perdeu um braço ao ser atropelado quando pedalava. As ciclistas Juliana Dias e Márcia Prado foram mortas em colisões em 2012 e 2009, respectivamente.
As bicicletas são a nova bandeira da gestão Haddad. Desde junho, quando a meta da prefeitura foi ampliada, já foram criados 44,9 km de ciclovias na cidade.
ESTUDO
O Incor (Instituto do Coração), do Hospital das Clínicas da USP, lançou também nesta segunda o Projeto Pedal, com o objetivo de conhecer o perfil dos ciclistas da cidade.
O estudo convida usuários de bicicleta a responder um questionário pela internet sobre saúde e deslocamento.
Também serão levantados dados como acidentes e problemas médicos que possam surgir durante as pedaladas, como doenças ligadas à exposição à poluição.
Os resultados serão encaminhados à prefeitura para ajudar em políticas de saúde e na melhoria da segurança.