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Universidades em crise

Servidores da USP cedem e greve se aproxima do fim

Funcionários aceitam proposta da Justiça do Trabalho, que prevê reajuste de 5,2% e abono salarial de 28,6%

Reitoria afirma que ainda analisa custos; professores querem que proposta seja estendida à categoria

DE SÃO PAULO

Para encerrar a maior greve da história da USP, funcionários aprovaram a proposta da Justiça do Trabalho, mas pediram nesta segunda-feira (8) à reitoria a não reposição das horas paradas. A paralisação foi mantida.

Nos bastidores, porém, a avaliação é que a greve, que já dura 106 dias, esteja próxima de chegar ao fim, embora a USP ainda afirme que analisa se poderá pagar o abono.

Na quinta (4), o Tribunal Regional do Trabalho propôs que a universidade, além de reajuste de 5,24% sugerido pela reitoria, pague abono de 28,6% sobre os salários.

Nesta segunda-feira, uma negociação com a reitoria terminou sem acordo.

Os servidores querem que cada setor se organize para repor o trabalho acumulado durante a paralisação, sem necessidade de horas extras.

Para o Sintusp, sindicato que representa os funcionários, essa exigência configuraria uma "punição".

Novas reuniões estão previstas para esta terça (9) e para a quarta (10).

De acordo com o sindicato, existem ainda outros impasses a serem resolvidos, como a negociação de benefícios como o vale-refeição.

PROFESSORES

Outro ponto em jogo para o fim da greve é a extensão do abono também para os professores, uma vez que a negociação no TRT envolve apenas os funcionários técnico-administrativos da USP.

Para a Adusp (associação dos docentes da USP), a proposta exclusiva aos servidores fere a isonomia da universidade.

O pedido para que o benefício seja estendido à categoria, bem como aos funcionários da Unesp e da Unicamp, será apresentado nesta terça ao Cruesp (conselho de reitores das três instituições) --as outras duas universidades estaduais também enfrentam paralisações.

De acordo com Francisco Miraglia, da Adusp, "existe uma possibilidade concreta e viável" de o impasse ser resolvido.

A expectativa é que as negociações sobre o reajuste e o abono sejam definidas até a quarta-feira, depois de nova reunião entre funcionários e a reitoria na Justiça do Trabalho.

A depender do resultado, professores dizem que levarão ao Fórum das Seis, que reúne sindicatos de docentes e funcionários das três universidades, indicativo de suspensão da greve a partir de segunda.

REAJUSTE

"Temos que ter a visão do movimento. Não vamos conseguir arrancar nenhum centavo [a mais]", disse Magno de Carvalho, diretor do Sintusp, ao defender que os servidores aprovassem o aumento sugerido pela Justiça.

Pela proposta, o abono compensaria defasagem deste reajuste, já que ele não é retroativo a maio, mês do dissídio. Já a reitoria diz que ainda analisa se poderá pagá-lo.

Os grevistas pediam 9,78% de aumento desde maio. Ao longo da negociação, reduziram o índice para 7,34%.

A greve foi marcada por diversos protestos após a reitoria anunciar reajuste zero devido à crise financeira. Segundo a reitoria, a folha de pagamento consome quase 106% de todo o orçamento da universidade.


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