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Universidades em crise

Votação em conselho deve prolongar greve na USP

Abono salarial será discutido em órgão da universidade; sindicatos veem recuo

Reitores pedirão ao governo estadual e à Assembleia a revisão dos repasses de ICMS, atualmente em 9,57%

NATÁLIA CANCIAN THAIS BILENKY DE SÃO PAULO

A greve na USP, que chega nesta quarta (10) ao 107º dia, terá uma sobrevida com a decisão da reitoria de submeter ao Conselho Universitário a eventual concessão de abono salarial a funcionários.

A reunião no conselho está marcada para o dia 16. O órgão reúne professores, funcionários e alunos.

O Cruesp, que reúne os reitores de USP, Unicamp e Unesp, decidiu nesta terça (9) que cada universidade negociará internamente a concessão do abono. Unesp e Unicamp dizem que tratarão diretamente com sindicatos de funcionários e docentes.

A decisão de submeter o abono ao conselho foi interpretada pelos grevistas da USP como um recuo. "Estávamos com a intenção de sair da greve e agora vamos ter que continuar", disse Magno de Carvalho, diretor do Sintusp, que representa os servidores técnico-administrativos.

Cesar Minto, da Adusp (associação de docentes), afirmou que "muito provavelmente, o indicativo será de continuidade da greve".

Na segunda-feira, os funcionários tinham aceitado proposta do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de abono de 28,6% para o período de maio a setembro. Havia concordância em torno do reajuste salarial de 5,2% proposto pela universidade.

Desde o início da paralisação, em maio, os grevistas pediam 9,78%. A reitoria sustentava não poder conceder aumento --a USP tem 106% do orçamento comprometido com a folha de pagamento. Ambas as partes cederam.

A universidade não informou qual será o eventual impacto de um abono de 28,6% em suas finanças. Tampouco esclareceu se a proposta que será levada ao conselho incluirá também os docentes --a decisão no TRT era exclusiva aos demais funcionários.

O Cruesp informou que pedirá ao governo do Estado e à Assembleia a revisão dos cálculos dos valores de repasse do ICMS, principal fonte das universidades estaduais. Hoje, as três instituições recebem juntas 9,57% do que é arrecadado com o imposto.

A presidente do Cruesp e reitora da Unesp, Marilza Rudge, não especificou se a revisão ampliará os repasses.

A reitoria da USP, em comunicado aos funcionários em greve, se disse "disposta a estudar" a reposição dos dias parados e o pagamento dos valores descontados de vale-refeição "à medida que a reposição de horas ocorrer".

Grevistas querem que as horas não sejam repostas e pedem o ressarcimento de benefícios suspensos.

Cerca de 200 pessoas protestaram durante a reunião do Cruesp, em São Paulo.


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