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Outro lado

Consultoria não foi ilegal, dizem dirigentes da Santa Casa de SP

'Não tem um tostão de coisa errada na minha vida, nunca teve', diz superintendente da instituição paulistana

DE SÃO PAULO

Antonio Carlos Forte e Hercílio Ramos, superintendente e tesoureiro da Santa Casa de SP, dizem que os serviços de consultoria prestados por eles ao grupo Andrade Gutierrez não foram ilegais e não prejudicaram a instituição.

A Logimed, do grupo Andrade Gutierrez, é a principal fornecedora de insumos hospitalares da Santa Casa.

"Tudo isso é absolutamente transparente. Não tem um tostão de coisa errada na minha vida, nunca teve, nem terá. Meu Imposto de Renda está à disposição", disse Forte.

Ramos disse que ambos trabalhavam na atividade de consultoria à noite e nos fins de semana, para não trazer prejuízos à Santa Casa.

Ambos confirmaram terem sido contratados pelo grupo para prestar consultoria na área de saúde, mas divergem sobre o real destinatário dos serviços. O superintendente diz que trabalhava diretamente para a Logimed. O tesoureiro, para a Andrade Gutierrez Telecomunicações.

A Santa Casa tem uma gestão profissional e outra voluntária. Na profissional, os funcionários são remunerados e o cargo máximo é o do superintendente. Na voluntária, os "irmãos" elegem a mesa presidida pelo provedor e composta entre outros cargos pelo tesoureiro.

Ramos é o atual tesoureiro. "Eu tenho toda a liberdade de fazer isso [consultoria], porque não sou empregado da Santa Casa. Faço trabalho voluntário [ao hospital]", disse. Para ele, portanto, não há conflito de interesses.

Forte reconhece que o serviço poderia dar margem a essa interpretação e, por isso, diz, o suspendeu.

Ele disse que decidiu cobrar após prestar serviços de forma gratuita.

"Me senti meio, sei lá, abobalhado de estar prestando consultoria de graça para uma empresa que visa lucro."

Forte não disse de quanto é seu salário, mas que está "abaixo do valor de mercado", em torno de R$ 30 mil.

A Andrade Gutierrez não quis se pronunciar. Nem o provedor, Kalil Abdalla, nem sua assessoria atenderam as ligações da reportagem.


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