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Ziralzi Alves Pinto (1934-2014)

Ganhou um 'zi' do irmão Ziraldo

CAROLINE PRADO DA EDITORIA DE TREINAMENTO

Ziralzi Alves Pinto teve o nome inventado pelo pai, Geraldo, que, numa engenharia silábica, decidiu unir seu "ral" a dois "zis", o da mulher, Zizinha, e o do filho mais velho, o cartunista Ziraldo.

Era o segundo de sete irmãos, três deles com nomes iniciados pela letra z --o terceiro, Zélio, é escritor. Dizia-se "o único que não deu certo" entre seis artistas.

Ainda assim, era o maior propagandista dos méritos da família. Em datas comemorativas, ia à livraria e comprava todo o estoque de livros de Zélio, para dar de presente.

Não se formou na universidade, mas fez "300 cursos" --Ziraldo calcula-- e era um mestre da lábia. Foi vendedor premiado na companhia inglesa De La Rue, que imprimia as cédulas de cruzeiros e cruzados do Brasil.

Passou a maior parte da vida, porém, como assessor especial da presidência na Casa da Moeda, em Brasília.

Seu verbo preferido era namorar. Na juventude, foi um sucesso entre as moças.

Em seu velório, muitas choravam, desoladas. Parentes questionavam: "Tem mulher demais aqui, não acha?", conta o cartunista. Ziralzi casou-se duas vezes.

Passou alegre pela vida. Só entristeceu quando, às vésperas de completar 80 anos, teve que deixar o cargo que ocupava na Casa da Moeda.

Morreu de insuficiência respiratória no domingo (7), aos 81, em sua casa, no Rio. Deixa quatro filhos e seu nome eternizado nos versos do amigo Millôr Fernandes.

No poema, ao lado de personalidades históricas e grandes artistas, surge "(...) o irmão do Ziraldo/ Ziralzi/ Cuja fama/ Eu faço aqui".


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