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Universidades em crise

Depois de 116 dias, funcionários encerram maior greve da USP

Categoria obteve reajuste de 5,2%, além de abono; atividades serão retomadas na segunda

Servidores prometem parar por 24 horas em datas com reunião com reitoria e votação sobre Hospital Universitário

NATÁLIA CANCIAN DE SÃO PAULO

Funcionários da USP decidiram nesta sexta-feira (19) encerrar a maior greve da história da universidade, que durou 116 dias. Os servidores irão voltar ao trabalho na segunda-feira (22).

Cerca de 500 pessoas, segundo organizadores, participaram da assembleia organizada pelo Sintusp (sindicato dos trabalhadores da USP), na Cidade Universitária.

Vestindo camisetas com os dizeres "Eu lutei, venci", funcionários decidiram aceitar o acordo proposto pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de reajuste salarial de 5,2%, dividido em duas partes, além de abono de 28,6%.

O valor do abono é referente ao reajuste desde maio, data-base da categoria.

O acordo também prevê a reposição de uma hora de trabalho ao dia, por no máximo 70 dias. Segundo o TRT, cabe a cada unidade organizar a forma como o trabalho será reposto, se necessário.

A reposição das horas e o abono eram os principais impasses para o fim da greve, iniciada em 27 de maio.

Na quinta (18), professores também votaram em assembleia pelo fim da greve.

Segundo a USP, a reorganização do calendário de aulas dependerá de cada unidade --a paralisação atingiu apenas alguns setores. Os cursos de educação e filosofia e a Escola de Comunicações e Artes foram alguns dos que tiveram aulas suspensas.

NOVAS PARALISAÇÕES

No início da paralisação, a USP informava que, por causa da crise financeira, não teria condições de dar qualquer tipo de aumento aos servidores.

Após muita negociação, a reitoria propôs o aumento de 5,2%, mas levou alguns dias para aceitar pagar o abono, uma das propostas do TRT. A decisão foi levada a votação no Conselho Universitário, órgão que reúne professores, funcionários e alunos.

Apesar do fim da greve, há negociações pendentes. Funcionários aprovaram em assembleia duas novas paralisações de 24 horas pelo reajuste de benefícios como auxílio-alimentação e vale-refeição e contra a transferência do Hospital Universitário ao Estado --desejada pela reitoria para amenizar a crise.

As paralisações devem ocorrer nos dias de reuniões com a reitoria e de votação sobre o hospital no conselho.


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