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Aluno tem de estudar e não 'encher a cara', diz diretor

Direção da Poli proíbe festas na faculdade da USP após morte de jovem

Medida preserva alunos e patrimônio, afirma diretor; centro esportivo suspendeu eventos já previstos

GIBA BERGAMIM JR. GIOVANNA BALLOGH THAIS BILENKY DE SÃO PAULO

Após a morte de Victor Hugo Santos, 20, a Poli (Escola Politécnica da USP) proibiu nesta quarta (24) festas na faculdade. Já o Cepeusp (Centro de Práticas Esportivas da USP) suspendeu os eventos já programados.

O estudante de design do Senac foi achado morto na raia olímpica da USP, na Cidade Universitária, após participar de evento do Grêmio Politécnico no velódromo.

Um comunicado foi assinado pelo diretor José Roberto Castilho Piqueira. À Folha, ele afirmou que a Poli não é lugar para "encher a cara".

"A medida é óbvia. Para preservar o espaço público, a integridade das pessoas e também porque os alunos têm que estudar, e não fazer festa e encher a cara", disse.

A decisão foi comunicada ao presidente do grêmio, André Simmonds, que organizou a festa do fim de semana.

Pelo ofício, não serão concedidas autorizações para festas ou outros eventos com bebida alcoólica. Permissões já concedidas estão canceladas.

O veto foi motivado não só pelo caso de morte, mas também por outros registros de violência e dano ao patrimônio em festas, diz a direção.

Piqueira, que está no cargo desde março, disse que já havia negado aos alunos permissão para que a festa do último fim de semana ocorresse na Poli. Eles recorreram então ao velódromo, sob responsabilidade do Cepeusp.

Segundo o diretor, o acordo com os alunos era para que fossem feitas confraternizações menores e "mais amenas". "Cansei de pedir, agora estou mandando [acabar]", afirmou.

Piqueira disse ainda que a decisão visa evitar que episódios como a morte "denigram a imagem" da Poli. "Não quero o nome da escola associado a isso. Somos a escola de Paula Souza [engenheiro, fundador da Poli], de Ramos de Azevedo [arquiteto, autor do Theatro Muncipal], com 121 anos de trabalho."

Simmonds, presidente do grêmio, disse que a ordem da direção era esperada. "Não há nem condições para pensar em festa."

Segundo ele, a receita das festas é revertida para ações sociais promovidas pela Poli, como o cursinho preparatório para vestibulares, que existe desde 1987.

CENTROS ESPORTIVOS

Os diretores do Cepeusp decidiram suspender todas as festas já programadas.

A suspensão é válida até 21 de outubro, quando ocorrerá a reunião do conselho gestor da USP para discutir a continuidade ou não das festas dentro do campus.


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