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Estado de SP tem 34 roubos por hora, metade deles na capital

Índices crescem pelo 15º mês seguido, maior série desde 2001; para governo, alta está desacelerando

Crimes de repercussão são esclarecidos, diz secretário; casos de homicídio têm queda no Estado e alta na cidade

DE SÃO PAULO

O Estado e a cidade de São Paulo tiveram em agosto a 15ª alta consecutiva de roubos. O crescimento foi de 11,7% e 13,6%, respectivamente, na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Foram registrados 25,3 mil roubos no Estado, uma média de 34 por hora. Metade desses crimes ocorreu na capital --17 por hora.

A série de 15 aumentos seguidos estabelece novo recorde --é a maior sequência desde 2001, quando o governo adotou a metodologia atual.

Apesar do aumento, os dados foram considerados positivos pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB) por ter havido desaceleração no ritmo de crescimento dos roubos.

Em julho, os casos haviam subido 12,6% no Estado e 20,3% na capital. Até maio, as altas ficavam acima dos 30%.

"[Roubos] Ainda são a nossa principal preocupação. Para reduzirmos, nós precisamos deixar de crescer, e é isso que está acontecendo", afirmou o secretário da Segurança, Fernando Grella.

Ele disse não ser possível prever quando os roubos deixarão de aumentar.

Como nos meses anteriores, o secretário voltou a atribuir a alta à legislação penal, que "favorece a impunidade" e precisa ser mudada pelo Congresso, e ao registro de roubos pela internet --que passou a ser possível em dezembro.

Grella disse que, para combater esses crimes, o governo aposta em operações que aumentam o policiamento na rua --como a PrevPaz, que a PM faz em bairros da capital considerados críticos -- e em tecnologia para melhorar a inteligência policial.

Especialistas em segurança têm dito que não basta aumentar o patrulhamento. É preciso melhorar a investigação. Conforme a Folha noticiou em junho, em cada dez queixas de roubo, a polícia só abre um inquérito. O índice estimado de esclarecimento desses crimes é de 2%.

Questionado a esse respeito, Grella afirmou: "A Polícia Civil tem esclarecido os crimes de repercussão, de gravidade. O percentual de esclarecimento é alto". E acrescentou que, recentemente, uma operação investigativa realizada em todo o Estado apreendeu 21 mil celulares.

VEÍCULOS

O secretário destacou a queda nos roubos de veículos, que retroagiram 10,9% no Estado e 12,1% na capital, e atribuiu a redução à nova Lei dos Desmanches, que criou regras para o comércio de peças de veículos usadas e entrou em vigor em 2 de julho.

"Essa lei é uma das principais medidas que tomamos à frente da secretaria", disse.

HOMICÍDIOS

Já os casos de homicídio caíram 12,6% no Estado (de 372 para 325) em comparação com agosto de 2013. Na capital, tiveram uma pequena alta, de 6,3% (de 79 para 84).

Se observados os números de vítimas de homicídio, houve queda de 15% no Estado (de 400 para 340) e de 1,1% (de 89 para 88) na capital.

Há diferença entre os números de casos de assassinato e os de vítimas porque uma ocorrência policial pode ter mais de uma vítima.

No Estado, a taxa de homicídios é de 10,23 por 100 mil habitantes --próxima da recomendada pela ONU, de 10 por 100 mil. Na capital, está abaixo disso: 9,81 por 100 mil.

Latrocínios (roubos com morte) subiram em agosto: de 30 para 33, no Estado, e de 11 para 13, na capital.


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