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Em crise, bufê fecha e deixa mais de 40 casais sem festa

Empresa na região dos Jardins foi despejada por não pagar aluguel; dono saiu do local sem falar com clientes

GIOVANNA BALLOGH DE SÃO PAULO

Estava tudo planejado e pago. Mas a ansiedade dos noivos para o casamento marcado para o próximo sábado (4), em São Paulo, se transformou em frustração.

Na segunda-feira (22), a poucos dias da festa, a jornalista Mariana Pereira da Rocha Cruz, 28, e o bacharel em educação física Guilherme Borin, 29, deram com a cara na porta do bufê Gula Gourmet, instalado na rua Lisboa, no Jardim Paulista (bairro de alto padrão da zona oeste da capital).

"Já estava tudo pago. Vínhamos investindo no casamento nos últimos dois anos", conta Mariana, que diz ter gastado mais de R$ 32 mil com a organização da festa para 350 convidados.

O dono do bufê, Cláudio Mallet, foi despejado por falta de pagamento do local que alugava havia dez anos. Segundo um dos responsáveis pelo prédio, Nivaldo Santos, a dívida passa de R$ 350 mil.

Mais de 40 casais, com eventos programados para até o fim de 2015 foram prejudicados, segundo uma estimativa do próprio Mallet. Ele disse à Folha que passa por uma crise financeira e que pretende ressarcir todos os clientes.

Mariana e o noivo registraram um boletim de ocorrência sobre o caso. A jornalista diz que ainda pretende realizar a comemoração na data agendada porque fez um novo contrato com a associação religiosa responsável pelo espaço usado pela empresa.

Outros serviços, como a decoração, já seriam de outros fornecedores. "Tento nem pensar em quanto vou gastar a mais para contratar tudo em cima da hora", afirma. Até esta sexta (26), o casal não havia fechado com outro bufê.

'SONHO DESTRUÍDO'

A enfermeira Geisa Gonçalves, 29, e o engenheiro civil Fabiano Guittis, 39, também procuraram a polícia. Os noivos cancelaram a festa de casamento, marcada para 28 de maio. "É difícil conseguirmos recuperar esse valor. É a destruição de um sonho", afirma Geisa, que diz ter perdido R$ 20 mil.

A advogada Fernanda Garcia Petenate, 27, conta que também cogitou desistir da comemoração. "Agora estamos vendo se o meu pai ajuda a pagar uma nova festa."

Ela diz que já gastou mais de R$ 30 mil para organizar o evento, que estava agendado para novembro do ano que vem. O local da cerimônia religiosa, a igreja Nossa Senhora do Brasil, uma das mais concorridas da cidade, está reservado desde abril de 2013.

A advogada planeja processar o empresário e tentar reaver o dinheiro gasto.

Nos dez anos de atividade, a empresa fez mais de 800 festas, incluindo casamentos.


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