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Coraly Lobo Grubba (1914-2014)
Dedicou-se à assistência social de idosos
ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULOCoraly Grubba fazia questão de conhecer pelo nome cada um dos idosos que viveram na Casa Ondina Lobo, entidade beneficente que ajudou a fundar em 1950 e à qual dedicou a maior parte da vida.
O projeto, na zona sul de São Paulo, surgiu como uma homenagem à sua falecida mãe, que sempre se envolveu com as causas sociais. Conta a família, seguidora da doutrina espírita, que, por meio de uma sessão mediúnica, Ondina pediu aos filhos que continuassem seu trabalho.
Apesar de ter ocupado a presidência da casa apenas entre 1989 e 2005, desde a fundação Coraly foi responsável por garantir conforto, medicação e alimentação de qualidade para os idosos, que a consideravam uma mãe, mesmo quando eram da mesma idade. Havia senhoras que até lhe pediam a bênção.
Firme e autoritária quando necessário, era também muito carinhosa. Sempre tinha uma palavra de incentivo para os moradores e voluntários.
Ao lado de Eitel, com quem se casou em 1941, organizava chás, jantares e outros eventos para arrecadar fundos para a entidade. Por seu trabalho, recebeu diversas homenagens, títulos e troféus.
Também incentivou o assistencialismo na extinta coluna Alguém Precisa de Você, publicada na Folha e que durante o ano de 1962 ficou sob sua responsabilidade.
Morreu na sexta-feira (19), 11 dias antes de completar seu centenário. Viúva, deixa três filhos, netos e os 80 idosos que atualmente moram na Casa Ondina Lobo.
A missa do sétimo dia será realizada às 16h de hoje (27/9), na paróquia Sant'Ana, na zona sul paulistana.