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Sem caixa, Santa Casa pede ajuda do governo para pagar 13º salário

Entidade apresentou 'pacote de sobrevivência' de R$ 138 milhões para não afetar atividades

Secretaria Estadual da Saúde criou comissão para acompanhar gestão e prometeu ajuda com gastos

ROGÉRIO PAGNAN THAIS BILENKY NATÁLIA CANCIAN DE SÃO PAULO

Sem dinheiro em caixa, a nova superintendência da Santa Casa de São Paulo pediu empréstimo de R$ 40 milhões à Secretaria Estadual da Saúde para pagar o 13º salário a seus funcionários.

Segundo a atual administração, o pagamento não havia sido previsto pela antiga superintendência e deve ser feito dentro de um mês.

O pedido faz parte do "pacote de sobrevivência" que gestores da Santa Casa apresentaram ao secretário David Uip nesta terça-feira (30).

O plano prevê repasses no total de R$ 138 milhões em até 120 dias para que as atividades do complexo hospitalar não sejam afetadas.

A secretaria da Saúde vai analisar o pedido, mas, segundo a Folha apurou, o empréstimo deve ser concedido.

Além de pagar o 13º salário e outros débitos, há também a necessidade de zerar a dívida de cerca de R$ 50 milhões com fornecedores, que voltaram a ameaçar a interrupção da entrega de insumos.

Em julho, o provedor, Kalil Rocha Abdalla, fechou o pronto-socorro do hospital central por 28 horas dizendo não ter materiais e medicamentos para o atendimento.

Do total da dívida com fornecedores, R$ 40 milhões pertencem à Vivante, responsável pela higiene e manutenção da Santa Casa, e à Logimed, que controla o fornecimento de suprimentos do complexo desde 2008.

O novo superintendente, Irineu Massaia, não quis se pronunciar sobre o "pacote de sobrevivência".

Ao anunciar a criação de um grupo para acompanhar a gestão da Santa Casa na segunda-feira (29), a secretaria disse que ajudaria com despesas de custeio e pessoal.

Ainda que não oficialmente, a comissão é uma espécie de "intervenção branca" na maior entidade filantrópica da América Latina.

BNDES

A nova superintendência suspendeu a negociação da dívida total, de R$ 440 milhões, com o BNDES, por considerar que o contrato a ser fechado não era vantajoso.

A Folha apurou que o contrato previa juros maiores do que os atualmente pagos (R$ 6 milhões por mês).

Procurado nesta terça, o provedor não atendeu as ligações da reportagem.


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