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Foco

Anúncio de show da Medicina da USP apaga painel de grafite

FABRÍCIO LOBEL DE SÃO PAULO

Em um dos lados do túnel que liga a av. Paulista à Dr. Arnaldo e à Rebouças, onde antes havia um extenso grafite feito por artistas, há agora um muro preto com a inscrição "72º Show Medicina" --evento anual feito por alunos do curso na USP. A pintura foi mantida no outro lado.

O painel foi contratado por R$ 50 mil pela administração municipal para fazer parte de um festival de direitos humanos em dezembro do ano passado. Sua realização levou três dias e foram envolvidos mais de 20 artistas plásticos.

Bonga, um deles, disse ter sido surpreendido pela pintura irregular em cima da obra, feita na madrugada da última segunda-feira.

"Entendemos que o grafite é efêmero, faz parte do caos da cidade. Mas ter um painel de rua artístico apagado para promover um evento particular é um absurdo", disse.

Chivitz, outro artista envolvido no projeto, declarou no Facebook que a atitude demonstra "total falta de respeito" com a arte e cultura de rua, "principalmente quando vinda desta classe que se julga a nata intelectual' de nossa sociedade".

Segundo a Coordenadoria da Juventude da prefeitura, o grafite tinha autorização para ficar exposto no local pelo menos até dezembro.

O órgão diz que a pintura do muro fere a Lei Cidade Limpa e pode ser multada.

Em nota, a coordenadoria afirmou que "tal ação realizada representa a privatização dos muros".

Segundo grafiteiros, não é a primeira vez que trabalhos seus são apagados para promoção do "Show Medicina".

Em foto publicada em uma rede social, um grupo de quatro jovens, entre eles um estudante de medicina da USP, aparecem posando ao lado de tintas e do muro já preto.

Os organizadores do evento não foram localizados.


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