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Shopping centers investem em gastronomia, cultura e lazer

Empreendimentos em São Paulo atraem restaurantes badalados

Por exemplo, o Maní, da chef Helena Rizzo, e o Junji, de Jun Sakamoto, ganharão unidades no Iguatemi em breve

BRUNO B. SORAGGI RAFAEL BALAGO DE SÃO PAULO

Há dez anos, se divertir no shopping era quase sempre sinônimo de comprar ou ir ao cinema e comer um lanche. Hoje, a escolha é mais abrangente: há teatros, festivais gastronômicos, exposições, bares, restaurantes e padarias entre as alternativas, que irão crescer nos próximos meses.

Só em 2014 foram realizados dois encontros de food truck (no Iguatemi e no Center Norte), uma apresentação do maestro João Carlos Martins com a Vai-Vai, no Pátio Higienópolis, e mostras temáticas, como a "Segredos do Egito" no MorumbiShopping.

Até o fim do ano, virão atrações como uma mostra do artista holandês M.C. Escher no JK Iguatemi e a abertura de uma versão descontraída do restaurante Junji, do chef Jun Sakamoto, no Iguatemi da Faria Lima.

Com mais opções, mais gente tem ido ao shopping sem pensar nas vitrines.

Segundo estudo de maio deste ano da Abrasce (Associação Brasileira de Shoppings Centers), embora 37% dos paulistanos declarem ir aos centros para comprar, a procura por alimentação tem crescido (de 15% há cinco anos para 22% agora).

Somado ao total que busca cinemas, teatros, exposições e outras atividades (11%), os índices quase se equiparam.

Idealizada por Fernanda Feitosa, 47, a feira de fotografia SP-Arte/Foto teve sua primeira edição, no Iguatemi, há sete anos. "Hoje, o público está na casa dos 12 mil visitantes", calcula. "Eles [os shoppings] podem assumir o papel de difusor cultural, por que não?", questiona.

FILAS PARA COMER

Esses estabelecimentos também têm atraído restaurantes badalados. O Spot tem uma filial dentro do JK Iguatemi desde o ano passado. Nos próximos meses, o Iguatemi Faria Lima receberá uma unidade do Maní, de Helena Rizzo, e a casa de comida japonesa Junji, de Jun Sakamoto.

"Muitas pessoas se sentem inibidas de vir ao meu restaurante, por isso pensei em abrir outro com serviço mais descontraído", diz o chef. Na casa que leva seu nome, em Pinheiros, (zona oeste), o menu-degustação sai por R$ 295 e é servido num balcão para somente oito comensais.

Especialistas apontam que a mudança dos shoppings reflete mudanças nos hábitos de compra, principalmente a busca por experiências.

"O despertar dos sentidos com cheiros, imagens e sons podem ser ferramentas para estimular as compras", diz José Roberto Baldin, professor de MBA da Faap.

"A alta da inflação e a diminuição do crédito reduziram as intenções de compra e favorecem o escapismo e a busca pelo lazer", avalia.

Por causa de uma lei municipal que determina que centros de compra com mais de 30 mil m² tenham um teatro, vários empreendimentos correm para construí-los.

O Theatro Net SP, no Vila Olímpia, custou cerca de R$ 10 milhões. Metrô Santa Cruz e Villa-Lobos também preparam salas. Pela regra, ao menos outros seis endereços precisam ter estruturas do tipo. Entre eles, o MorumbiShopping e o Pátio Paulista.


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